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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED34 - Outubro de 2011

Revista para download: edição 34
Indíce da versão online:

01    EDITORIAL / EXPEDIENTE
02    CARDÁPIO
03    ESPAÇO ABERTO
04    CENTRAL CINE
05    CRONICANDO
06    PONTO DE VISTA
07    ESTADOS DO BRASIL
08    BUQUÊ SUBULATA
09    RE-PAR-TI-ÇÕES
10    KILL
11    MEMÓRIA DE BETIM
12    RBC ENTREVISTA
13    SÉRIE PERSONALIDADES
14    MANIFESTO DAS ARTES
15    INSTITUCIONAL PARA DOWNLOAD:
        COLÉGIO MARCONDES
      

pág: 1
EDITORIAL
Sabrina Mendes – sabrina@betimcultural.com.br
A inocência que mina o futuro

Na ânsia de viver a vida, acabamos por miná-la com ações que podem nos fadar ao fracasso. O culto da intensidade, se não dosado, traz consequências indesejadas.Valorizar o hoje, não significa esquecer do amanhã, preocupar-se consigo não implica em esquecer o próximo. É inocência considerar-se auto-suficiente.

Se ignoro o próximo que carece de ajuda, iludindo-me que isso em nada me afeta, eis aí o “tiro no pé”: mais indiferença, mais desigualdade, mais buscas por saídas alternativas, menos vida, para todos! Em caminho semelhante segue a efemeridade dos relacionamentos. O outro se torna descartável, o que nos leva a considerar desnecessário compreendê-lo e tentar construir laços mais sólidos. Outra demonstração de inocência, este mal que em muito difere do brilho dos olhos de uma criança. O resultado: um futuro vazio e infeliz.

Não me refiro a condicionar minha felicidade ao outro, apenas compartilhá-la, de forma que se multiplique. Foi assim com os grandes mestres, como Norman McLaren, que conseguiu alinhar sua paixão pela sétima arte ao amor pelo próximo, e assim tantos outros. Sejamos mais envolvidos e menos inocentes. A vida é muito preciosa, para que o futuro escorra ralo abaixo.

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EXPEDIENTE
Ano 04 - nº 34 - distribuição gratuita. Versão impressa: 1.000 exemplares

FUNDADOR E EDITOR: Tiago Henrique Rezende Fonseca.

COLABORADORES:
Ana Claudia Gomes, Cristiano de Oliveira, Gustavo Txai, Lucas Diniz, Marina Clemente, Marinha Luiza, Sabrina Mendes, Silvia Prata, Thiago Paiva, Thiago Rangel, Tiago Henrique.

REVISÃO: Sabrina Mendes
SUPERVISÃO: Ana Claudia Gomes, Silvia Prata
PROJETO GRÁFICO: Lucas Diniz

CIRCULAÇÃO
Ensino Superior | Setores Políticos | Pontos Culturais | Ambientes Escolares | Comércios e Anunciantes.

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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


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CARDÁPIO
(Clique aqui para ler essa seção)


Pág: 3
ESPAÇO ABERTO
Cleverlande Alex de Oliveira | cleverlandealex@ig.com.br
ELEIÇÃO SUJA

A cada eleição somos bombardeados com uma grande diversidade de idiotices eleitorais. Os políticos utilizam da arte de enganar para, cada vez mais, iludir eleitores. Somos submetidos a uma propaganda política obrigatória, que mais parece um programa de comédia, com candidatos a integrar a corte do cenário político do nosso país.

O nosso plenário é, de fato, digno de uma corte real, composto de aspirantes a nobres corruptos, cercado por uma falsa realeza, e com muitos "bobos", que seguem fazendo graça com o dinheiro público e extorquindo os pobres plebeus através de taxas tributárias exorbitantes.

Afinal, o que sobra da eleição, além da sujeira deixada pelos santinhos e faixas espalhadas pela cidade? Da sujeira moral apresentada pelos candidatos, que abandonam as propostas para atacarem uns aos outros? "Que país é esse"? Que eleição é essa?

Estamos à beira de uma overdose de democracia. Esse bem que lutamos tanto para conquistar, mas que agora nos perguntamos o que fazer com ele. Acreditamos ainda que, no meio de tanta maçã podre, possa existir uma que valha a pena retirar do cesto, para que sua semente possa ser aproveitada no cultivo de novas árvores, que darão novos e bons frutos.

Queremos fugir das ideologias maquiavélicas que dominam nosso país, com políticos que nos dão pão e água, e quando reclamamos nos oferecem sal.

"A gente não quer só comida
A gente quer comida
Diversão e arte
A gente não quer só comida
A gente quer saída
Para qualquer parte..."

Titãs - Comida

Me faço explicar pelo que penso, me faço conduzir pelo que sinto.

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Envie textos de sua autoria para a Betim Cultural. Eles poderão ser publicados na revista em versão impressa ou virtual. Interaja também com sugestões, comentários e críticas: participe@betimcultural.com.br


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CENTRAL CINE
Gustavo Txai – gustavo@betimcultural.com.br
Norman McLaren

Norman McLaren foi um dos pioneiros no cinema de animação e um dos mais premiados cineastas no Canadá. Nascido na Escócia, estudou cenografia em Glasgow. Suas primeiras experiências em animação envolviam, na verdade, raspagem e pintura.

Trabalhou como operador de câmera e em 1936 foi para a Espanha filmar a guerra civil. Em 1939, migrou para os Estados Unidos da América e, em 1941, a convite de John Grierson (grande nome do cinema documental), mudou-se para o Canadá, para abrir um estúdio de animação na National Film Board - agência de cinema do governo canadense que tinha como objetivo formar novos animadores.

Além de filmes, trabalhou também na UNESCO - Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura - no período entre 1950 e 1960, ensinando cinema e animação para crianças na China e na Índia.

McLaren, com sua busca incessante por novos recursos para a arte do cinema de animação, inovou com técnicas rebuscadas e trabalhadas, como por exemplo, o Pixilation (técnica que utiliza atores vivos ou objetos reais, que são captados quadro a quadro), que hoje é conhecida como Stopmotion.

O Pixilation ajudou McLaren em um de seus curtas-metragens mais premiados: “Neighbours”, que em português significa “Vizinhos”. A obra deu a ele o Oscar de melhor curta-metragem, em 1952.

O cineasta também foi precursor do cinema em 3D, isso já no inicio da década de 1950. “Around is Around” foi o primeiro filme da história do cinema a apresentar esse tipo de efeito. McLaren morreu em 1987, deixando um legado duradouro, não só para o cinema de animação, mas para o mundo, como exemplo de cidadão, mostrando que é possível fazer cinema e lutar por causas sociais ao mesmo tempo.


Pág: 5
CRONICANDO
Thiago Paiva - paiva@betimcultural.com.br
DESIGUALDADE SOCIAL

Somos frutos de uma geração que cresce cada vez mais praticante da desigualdade social.  Aos olhos da ciência, somos animais racionais, mas que raciocínio é esse que nos faz olhar um ser humano como lixo, um simples ocupante de um espaço na calçada? Pois esta é a imagem que a maioria das pessoas tem de um morador de rua. Existem no Brasil, mais de 1 milhão de pessoas sem moradia, vivendo em condições subumanas, sentindo fome, e nós pouco nos importamos.

Quantos de nós cobramos dos órgãos governamentais políticas para combater a pobreza? E vale lembrar que em muitas das vezes, os mesmos que pedem soluções, são os que fecham a expressão para um morador de rua, ou se irritam quando um catador de papel tumultua o trânsito com sua carroça.

As pessoas querem que esses brasileiros simplesmente desapareçam, como uma forma de aliviar nossa consciência moral, que no fundo incomoda por saber que somos, direta ou indiretamente, responsáveis pelo cidadão abandonado. Eles não são apenas um problema para a sociedade, eles são parte dela.

 Desigualdade social não se resume a números, que provam quantos comem salsicha e quantos caviar. Desigualdade social é todo mecanismo que diferencie indivíduos que possuem os mesmos direitos. É constranger, humilhar e desfavorecer pessoas por possuírem menos recursos financeiros. Esse é um mal que não deve ser preocupação apenas de políticos e ONG’S, mas sim, de cada um de nós, devendo ser combatido por todos.

Reflita sobre o tratamento que tem dado ao seu próximo, que é tão brasileiro quanto você. Talvez a fome que ele sente, seja por que você tem mais do que realmente precisa. Pense nisso!


pág: 6
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com





















pág: 7
ESTADOS DO BRASIL
Silvia Prata - silvia@betimcultural.com.br -.silviaprata.com.br
SERGIPE | Capital: Aracaju

Na segunda metade do século XVI, iniciou-se a colonização do estado de Sergipe. Os indígenas viram chegar navios carregando tripulantes que trocavam objetos por produtos da terra. Durante longos anos, nativos foram catequizados por jesuítas. A história do estado é marcada por grande miscigenação entre portugueses e índios.

Assim como outros nordestinos, o sergipano sofre em alguns períodos com a seca no Sertão. Em contrapartida, Aracaju é considerada a capital da qualidade de vida. Lá, a paz é visível nas ruas arborizadas, nas praças, onde os amigos se encontram, nas praias, onde os turistas se encantam, e assim em todos os lugares.

A cultura assume características de sua época e, ao mesmo tempo, conserva sua memória do passado. Seresteiros, bandas e trios de forró animam a vida noturna da capital. No interior, é possível admirar o improviso de violeiros repentistas e sensibilizar-se com a religiosidade popular das novenas.

O artesanato está disseminado por todo o território. Entre as peças, há preciosidades que representam a criatividade do artesão e a capacidade de inovar sem que sua obra perca características tipicamente sergipanas. Destacam-se rendas, bordados, peças de palha, cerâmica e madeira.

Entre a vasta relação de ingredientes, que dão sabor à culinária, o coco é utilizado em diversos pratos. Com presença marcante na paisagem litorânea, os coqueirais são a base de sustentação da economia.

As paisagens deslumbrantes e os monumentos históricos memoráveis são descobertos através de uma explosão de cores e sons que permeiam o estado. Entre os atrativos, estão o litoral de águas mornas, os estuários e manguezais. Conhecer Sergipe é saber um pouco mais sobre esse nosso Brasil, inesgotável em histórias e belezas.


pág: 8
BUQUÊ SUBULATA
tiago@betimcultural.com.br - thvirtual.com
TEMPO E ESPAÇO

Talvez algo físico,
Talvez invisível
Num simples - complexo
Que envolve uma estrutura
Detectável pelo espaço

Espaço que pertence ao tempo,
Tempo indecifrável que nos move pelo relógio
Que nos indaga por sua eterna magia

Algo físico
Talvez invisível,
Tempo e espaço...
Para alguns, indeterminados.
Para outros, apenas um lapso interrogatório.

Há quem se perde
Há quem se encontra
Há quem procura
Há quem se esconde

Atrás do tempo, um espaço
Pelo espaço, um tempo.
Assim, a areia da ampulheta cai dentro de seus vértices.

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Agenda NOSTREIS

27/10 (quinta) de 21 as 00:00hs
Acústico - Espeto Na Folha
Rua Arthur da Silva Bernardes, 65
[em frente a PUC Betim]

28/10 (sexta) 19hs
Curta Metrópilis na Casa da Cultura
Rua Padre Osório Braga, 18
Centro - Betim - MG

Informações: www.nostreis.com.br


Pág: 9
RE-PAR-TI-ÇÕES
Marina Clemente - marina@betimcultural.com.br – omarversosesons.blogspot.com
LI-GA-ÇÕES....

Outro dia estava pensando: Qual deve ser o elo capaz de ligar um ser humano a outro, por um período mais duradouro do que temos assistido na contemporaneidade? Muitas coisas apareceram como possibilidades de respostas: o casamento, o namoro, o romance, os filhos, a ciência, as tradições e os valores, dentre outros pontos que vieram em minha lembrança. E ainda, avaliando por mais um tempo, lembrei-me da música.

Ora, mas porque a música?  Fácil: sendo ela uma forma de arte que combina sons e silêncios, seguindo ou não uma pré-organização ao longo do tempo, permite o encontro duradouro entre muitos seres humanos. Mas como isso ocorre? É como se uma canção ocupasse o lugar onde o ser humano não pôde ou não conseguiu estar. Ela faz a função de um terceiro, de um mediador, que liga um ser ao outro.

Vejam: Muitos vão dizer que bandas se desfizeram, que grandes artistas morreram de overdose, que os músicos não são visto como trabalhadores... Porém, lembrem-se do afeto e da linguagem que a música carrega consigo. É por meio de uma canção que muitos homens e mulheres dizem o que não diriam presencialmente a outro ser humano.

E se o mundo contemporâneo não preza pelas relações humanas como deveria, pensemos nós em uma forma de nos unir por um período mais duradouro. Não acha que as canções nos servem? Por meio delas as pessoas dizem: “Confie em mim, eu não serei infiel...”, “Você é minha alegria!”, “Me sinto tão segura quando você me abraça...”, “Não se preocupe com o amanhã porque o hoje é uma bênção...”, “Eu encontro a calma com você...”. “Você vem sempre como água salina que escorre de meus olhos. Porém não há em momento algum vestígio de tristeza, ao contrário, é como se eu escutasse a canção mais doce...”, e tantas outras.

Por isso, este é meu convite: escutem as canções! Pois imagino que elas instauram e produzem na sociedade um recurso que mantém as pessoas mais próximas. Ou seja, talvez seja escutando uma estação de rádio, que poderemos manter nossos pés em um mesmo solo.


Pág: 10
KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - crisartes2009.blogspot.com

 














pág: 11
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia Gomes - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
Lugares de memória em Betim V – Estação Ferroviária Capela Nova

A primeira estação ferroviária de Betim fez 100 anos em julho de 2011. Ela recebeu o nome de Capela Nova, mesmo nome do arraial em que foi implantada, hoje, Centro da cidade.

Na primeira década do século XX, o governo de Minas começou a implantar a rede ferroviária no oeste do estado. Capela Nova foi escolhida para receber os trilhos e a estação porque a sede do município de Santa Quitéria, hoje cidade de Esmeraldas, temia os perigos que os trens poderiam trazer ao pacato povoado. De fato, a ferrovia trouxe desenvolvimento, juntamente aos visitantes e imigrantes que vieram se instalar junto aos trilhos.

A Estação Capela Nova estava situada em uma praça aprazível, em torno da qual surgiram estabelecimentos comerciais e de serviços, inclusive as primeiras salas de cinema da localidade. O burburinho dos embarques e desembarques formou um novo “centro” urbano, que substituiu o tradicional, localizado em volta da Igreja Velha, hoje Praça Milton Campos.

Até hoje, é no entorno da Estação Capela Nova que se encontra o hipercentro de Betim. Ali encontramos edificações de diversas épocas, narradoras silenciosas de como o tempo passou. A própria Estação está escondida, quase invisível, pois a estrada de ferro não é mais objeto de interesse de uma cultura automotiva como a nossa. Quiçá o renascimento cultural dos trens, e seus efeitos benéficos para os custos dos transportes, atinjam Betim e revitalizem esse belo espaço, que foi outrora marcado pela presença da Estação.


pág: 12
RB ENTREVISTA
(Clique aqui para ler essa seção)


pág: 13
SÉRIE PERSONALIDADES
Marinha Luiza - marinha@betimcultural.com.br
George Orwell

George Orwell é o pseudônimo de Eric Arthur Blair, escritor e jornalista inglês que escreveu grandes títulos da literatura mundial como “1984” e “A Revolução dos Bichos”.  Nesta última, o autor denuncia alguns pontos do real socialismo, diferente do socialismo democrático, no qual acreditava, tornando o livro a sua publicação mais famosa. Estudou na tradicional escola inglesa Eton College, onde teve aulas com Aldous Huxley, autor de “Admirável Mundo Novo”. 

Entre 1928 e 1930, viveu na pobreza, vagando por Londres e Paris, chegando à mendicância. No ano de 1933 lança “Na pior em Paris e Londres”, seu primeiro livro.

A obra “Lutando na Espanha”, de 1938, conta sua experiência na Guerra Civil Espanhola, da qual participou na Brigada Internacional.

Durante a Segunda Guerra Mundial, atuou intensamente como jornalista, sendo correspondente internacional da BBC. Orwell faleceu de tuberculose em 1950, aos 46 anos, na Inglaterra.

Frases de sua obra:

“Todos os animais são iguais, mas alguns animais são mais iguais que os outros” - A Revolução dos Bichos.

“As massas nunca se revoltarão espontaneamente, e nunca se revoltarão apenas por serem oprimidas. Com efeito, se não se lhes permitir ter padrões de comparação nem ao menos se darão conta de que são oprimidas” - 1984.

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Livros publicados pelo autor:

- Na Pior em Paris e Londres (1933)
- Dias na Birmânia (1934)
- A Filha do Reverendo (1935)
- O Vil Metal (1936)
- A Caminho de Wigan (1937)
- Lutando na Espanha (1938)
- Um Pouco de Ar, Por Favor (1939)
- A Revolução dos Bichos (1945)
- 1984 (1948)


pág: 14
MANIFESTO DAS ARTES
Marcos Santos | sousa.santos.marcos@hotmail.com
FLOR

Compre uma flor seu moço
Que eu te conto uma poesia,

Disse a menina.
Bonitinha... Magrinha de dar dó.
Tão novinha!
Tão criança inocente!

Inocência que logo se perdera.

Aprende e vive a arte de sobreviver.
Sua mãe a espera na esquina,
E conta os trocados.

Tudo ao redor da menina é urbano, selvagem e frio.

A pequena menina tão frágil,
Aprende o que é útil.

Sua mãe a espera na esquina
Contando os trocados,
Observando de longe,
Protegendo de longe,
Contando os trocados.

Sobrevivem assim.
Mãe e menina.

E sonhar:

A menina sonha.

A mãe não.


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INSTITUCIONAL PARA DOWNLOAD:
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