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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED33 - Setembro de 2011

Revista para download: edição 33
Indíce da versão online:

01    EDITORIAL / EXPEDIENTE
02    CARDÁPIO
03    ESPAÇO ABERTO
04    CENTRAL CINE
05    CRONICANDO
06    PONTO DE VISTA
07    ESTADOS DO BRASIL
08    BUQUÊ SUBULATA
09    RE-PAR-TI-ÇÕES
10    KILL
11    MEMÓRIA DE BETIM
12    RBC ENTREVISTA
13    SÉRIE PERSONALIDADES
14    MANIFESTO DAS ARTES
                                        


pág: 1
EDITORIAL
Sabrina Mendes – sabrina@betimcultural.com.br
Nós e o contexto

Que o mundo de hoje é capitalista e preza por valores financeiros aos morais, todos sabemos. Mas isso não é motivo para submetermos nossos valores pessoais às regras do dinheiro. Como defensora da coletividade, não é meu objetivo incitar o individualismo, mas é fato que as atitudes de cada um se tornam indispensáveis para alcançar o bem comum.

Da mesma forma que devemos estar atentos à manutenção de nossos valores, não podemos nos esquecer que, apesar das pessoas de boa fé, um pequeno grupo de lobos devora diariamente milhares de ovelhas, que se mantêm estagnadas diante da boa e velha política do pão e circo.

O mal da alienação se abateu sobre nosso povo, assim como o mal da falta de empatia, que tem feito outros milhares de vítimas. Não se colocar no lugar do outro, implica a este incompreensão. Já ouviu falar da geração 80 e suas lamentações? E já parou pra pensar que elas podem ser frutos de um contexto, assim como o jeito apressado de ser dos paulistas? Descubra nas próximas páginas.

A Betim Cultural segue na luta pelo despertar de cabeças pensantes. A coletividade agradece a consciência de cada um!

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EXPEDIENTE
Ano 04 - nº 33 - distribuição gratuita. Versão impressa: 1.000 exemplares

FUNDADOR E EDITOR: Tiago Henrique Rezende Fonseca.

COLABORADORES:
Ana Claudia Gomes, Cristiano de Oliveira, Gustavo Txai, Lucas Diniz, Marina Clemente, Marinha Luiza, Sabrina Mendes, Silvia Prata, Thiago Paiva, Tiago Henrique.

REVISÃO: Sabrina Mendes
SUPERVISÃO: Ana Claudia Gomes, Silvia Prata
PROJETO GRÁFICO: Lucas Diniz

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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


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CARDÁPIO
(Clique aqui para ler essa seção)


Pág: 3
ESPAÇO ABERTO
O Uso de Oficinas como meio de Inserção Social
Por Thiago Rangel - Grupo Censa (censagrupo@yahoo.com.br)

Fundado pela educadora Ester Assumpção, o Centro Especializado Nossa Senhora D'Assumpção (CENSA-BETIM) tem como missão atender às necessidades da pessoa com deficiência e de sua família.

As atividades realizadas nas Oficinas Integradas destinam-se a sondar as aptidões do educando, desenvolver seu potencial e treinar as habilidades necessárias para o trabalho oferecido.

O foco da oficina está nas possibilidades de promover a sociabilidade e responsabilidade de cada participante. Os educandos têm o compromisso de chegar no horário marcado, executar seu produto e finalizá-lo, podendo trocar de modalidade, desde que o trabalho iniciado não seja abandonado. Não existe um período pré-determinado para entrega do produto, pois este depende do ritmo de cada um.  Os produtos são vendidos aos familiares, funcionários e em exposições, congressos, feiras e seminários. As arrecadações são revertidas em passeios e eventos para os participantes das oficinas.

As atividades desenvolvidas pelo CENSA são divididas nas seguintes modalidades: tapeçaria, talagarça, arraiolo, bijuterias, pintura em tecido, madeira, latas, bonecas, palhacinhos de pano e biscuit.

Há 46 anos, o Censa vem sendo um local para atendimentos clínicos, cuidados básicos e um espaço para ser e conviver, assegurando qualidade de vida e uma educação socializadora a seus atendidos.

Mais informações:
contato@censabetim.com.br
(31) 3529 – 3500 | www.censabetim.com.br

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Envie textos de sua autoria para a Betim Cultural. Eles poderão ser publicados na revista em versão impressa ou virtual. Interaja também com sugestões, comentários e críticas: participe@betimcultural.com.br


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CENTRAL CINE
Gustavo Txai – gustavo@betimcultural.com.br
De cor

No cinema um dos elementos que estão no rol dos mais importantes é a cor. Talvez preto e branco não seja o melhor para se denominar a cor no inicio do cinema: os filmes eram produzidos em escalas de cinza, que iam de preto a branco. Pode-se dizer, então, que o cinema não era bicolor, pois, da mesma forma que entre 0 e 1 existe uma infinidade de números, entre preto e branco existem muitos meios-tons.

A cor no cinema foi muito buscada. Antes de existirem filmes coloridos, realizadores criavam alternativas que iam desde tingir a película, até pintar cada um dos 24 quadros por segundo. Foi somente a partir da década de 1930 que a empresa Technicolor apresentou ao mercado um tipo de película que filmava as três cores primárias: vermelho, verde e azul. Esta película veio acompanhada de um tipo especial de câmera, que suportava esse processo. Para mostrar ao mundo que o mesmo era de fato eficiente, o então presidente da Technicolor procurou Walt Disney para que ele testasse seu produto. Foi então produzida a primeira animação colorida da história do cinema: Branca de Neve.

A partir do cinema em cores, muitos ramos do comércio viram seus faturamentos subirem de forma impressionante. Como exemplo, pode-se citar o ramo dos cosméticos, maquiagens e tinturas de cabelo. É claro que as cores não eram e não são usadas apenas para vender algum tipo de produto específico, mas também não são usadas por acaso.  Cada cor causa um tipo de reação e sensação ao espectador, além de ser usada como elemento de narrativa, para nos trazer mais sofisticação de técnicas, que auxiliam na extrema beleza que o cinema nos mostra a cada dia nos bons filmes. 


Pág: 5
CRONICANDO
Thiago Paiva - paiva@betimcultural.com.br
CEGOS, SURDOS E MUDOS!

Somos uma nação de cegos, surdos e mudos! Não estamos satisfeitos com o que temos, mas continuamos, mesmo assim. E isso não muda. Foi assim com nossos avós, pais, agora conosco. E se nada fizermos, será o destino de nossos filhos também. Nossos olhos estão fixados em uma programação de TV que nos mostra mentiras e futilidades, nossos ouvidos estão atentos às letras das músicas americanas, que muitas das vezes tão pouco entendemos, e nossas bocas se abrem apenas para comentar futebol, o que nos torna mudos, cegos e surdos para os nossos problemas.

Gabriel “O Pensador” disse: ‘‘A programação existe para te entreter, para você não ver que o programado é você...’’ E essa é uma grande verdade. Se tiver um pouco de arroz com feijão no prato e um bom entretenimento na TV, tá tudo certo! Não importa o que os políticos estão fazendo, se o crime cresceu ou o combustível aumentou, o importante é o que as figuras do domingo estão falando na TV, e que as bundas que estão sendo mostradas. Com exceção de pouquíssimas redes de televisão, dos canais abertos que você conhece, quantos estão interessados em discutir (e resolver) seus problemas?

A grande mídia desse país não tem o menor interesse em lhe fazer mudar de vida; ela inclusive prefere que você permaneça no curso de apenas nascer, crescer reproduzir e morrer, sem questionar. Mas não precisa ser assim. Você tem o direito de saber como funciona, o porquê de cada situação e os responsáveis por ela; mais do que direito, é seu dever!

Para isso, comece a se interessar por questões que vão além do que lhe oferecem, busque informação, abra a boca para falar de assuntos relevantes e se mova!  Nossa libertação desse peso que nos impede de avançar não está na aceitação da condição imposta, ou na programação medíocre que nos enfiam garganta abaixo. Enquanto for assim, continuaremos cegos, mudos e surdos.


pág: 6
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com




















pág: 7
ESTADOS DO BRASIL
Silvia Prata - silvia@betimcultural.com.br -.silviaprata.com.br
SÃO PAULO | Capital: São Paulo

Apesar de tudo, São Paulo é a paixão do paulista. Mesmo com a poluição e com as longas horas dentro do carro ou do ônibus. Mesmo com a solidão em meio à multidão e com a falta de tempo. Tudo é compensado por um passeio no Ibirapuera, uma visita ao Museu do Ipiranga, uma caminhada na Avenida Paulista ou pelas compras na 25 de Março.

Ser paulista é puxar o R, é estar com o “meu” na ponta da língua e frequentemente trocar “biscoito” por “bolacha”. É ser um sujeito apressado, cansado da rotina exaustiva e já meio acostumado com o trânsito infernal da capital, que é pra lá de cosmopolita. É aquele que convive com quatro estações bem definidas e, que em alguns casos, vê todas elas se revezarem num único dia. É aquele cujo estado é responsável por 35% do PIB brasileiro e possui um dos maiores índices de desenvolvimento humano do país. Aos paulistas só falta o pão de queijo e um pouco de sossego.

A história de São Paulo é rica em marcos que fizeram do estado o coração verdadeiramente pulsante do Brasil. De lá vieram os bandeirantes, sedentos por ouro e expansão territorial. Foi lá que o café deu certo e aliviou as crises econômicas do período colonial. Depois disso, a política do café com leite garantiu que o estado se mantivesse ativo nas eleições presidenciais durante a República Velha. Foi lá o cenário da Semana de Arte Moderna, um marco artístico sem precedentes. Mais adiante, a urbanização trouxe pessoas de toda parte, carros fazendo filas nas avenidas, indústrias produzindo em massa, prédios que parecem arranhar o céu e fumaça no ar.

E é no meio desta fumaça e confusão, que encontramos o paulista que, apesar de tudo, se orgulha do que é.


pág: 8
BUQUÊ SUBULATA
tiago@betimcultural.com.br - thvirtual.com
> SENTIDOS

A vida, às vezes não faz sentido,
Nem para loucos
Nem para normais
Nem para sonhadores
Nem para céticos

A vida
Às vezes, simplesmente não faz sentido
Não quer dizer que não tenha um
Simplesmente, às vezes não faz sentido.


> SONHOS LITORÂNEOS

Eu sabia que dormiria ali...
O dia foi cheio
A noite macia
A madrugada melhor

Um copo d’água me parece um sonho
O oceano, eu vejo infinito
As ondas me trazem conchas,
No fundo se escondem mariscos

Me veio um girassol quadrado
Eu não acreditava no que via
Pisei numa estrela sem pontas
... Não faz sentido.

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Agenda NOSTREIS
30 de setembro
Sexta-show na Casa da Cultura - 20hs
Rua Padre Osório Braga, 18, Centro, Betim/MG
Informações: Funarbe (31) 3532-2530


Pág: 9
RE-PAR-TI-ÇÕES
Marina Clemente - marina@betimcultural.com.br – omarversosesons.blogspot.com
VALE O RISCO...

Hei de confessar que às vezes os sujeitos que vêm dos anos 80 muitas vezes têm os seus discursos vistos como um lamento só. Muitas pessoas podem julgar que isso seja adoecimento psíquico. Maneiras de se exporem para serem vistos. Falta de iniciativa. Demandas de amores. Dentre outros tantos julgamentos.

Contudo, os mais sábios olhando dentro dos olhos dessas pessoas dirão: “Isso é um ponto comum das pessoas que são dessa geração próxima aos 30 anos”. Porque, quando se vem dos anos 80, os resquícios das transgressões sociais e morais são inevitáveis.

Se pararmos para rever a história à qual pertencem, veremos que eles vêm de um momento onde se via o início da idade da informação, sendo chamada por muitos como a “década perdida”.  O inelutável cortejo de catástrofes que deve ter gerado um choque entre o que se é afeto interno e, o que se tinha de oferta externa diante do tecnológico... Deus!

Inevitáveis sequelas certamente são marca nas lembranças dessas pessoas da década de 80. Mas, elas inauguram uma época diferente em nossa sociedade, principalmente no campo da arte. Inúmeros rock and roll surgiram aí. Centenas de poetas... Consolidou-se a MPB... E, como não serem melodramáticos? Imagine: Hoje muitos amantes cantam Chico Buarque por esse marco histórico social e afetivo.

 A situação das mulheres ainda era mais delicada que a dos homens. Pois ficavam curvadas sob o peso de suas obrigações sociais e legais. Tudo isso pontos dignos de interesse social, histórico e psicológico. Abissais sentimentos de desejo e culpa também as contaminaram. Foram acusadas de leviandade! Fatídico isso não acha?

Consequentemente considero que há coisas que afetam os sujeitos de formas trágicas e, muitas vezes, passam a ser parte de suas histórias ao longo da vida. Talvez por isso, vimos que essas pessoas da década de 80 manifestam fortes paixões... E, são muitas vezes, vistos como românticos e amorosos demais. O convite aqui está para que cada um pense em sua época e em sua história para que assim possa se ver melhor!


Pág: 10
KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - crisartes2009.blogspot.com





























pág: 11
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia Gomes - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
Lugares de memória em Betim IV – A Capela de Nossa Senhora do Rosário

A Capela à Senhora do Rosário é uma das poucas edificações do século XIX preservadas em Betim. Localizada no bairro Angola, tem sido o principal centro de culto da população afrodescendente da cidade. Ali, tem lugar a tradicional festa anual do Reinado de Nossa Senhora do Rosário, conhecida como “congado”.

Os afrodescendentes de Betim, ao final do escravismo, foram segregados na região do atual bairro Angola, que recebeu esse nome exatamente por isso. Já em 1814, eles organizaram a Irmandade de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos para a luta pela construção de sua Capela.

Contando com o terreno para isso, a Irmandade juntou ofertas durante décadas, mas, em 1867, o dinheiro já reunido foi utilizado para a construção da antiga Matriz à Senhora do Carmo, que foi edificada no local onde hoje se encontra a Praça Milton Campos. Para compensar o desvio do recurso, o então vigário mandou fazer um altar especial à Senhora do Rosário na Matriz, mas a população negra não era bem recebida na Igreja dos brancos.

Então, os irmãos do Rosário recomeçaram a juntar recursos e, na década de 1890, finalmente, construíram a Capela. Nos documentos oficiais, o padre declara que a população que vivia “do outro lado do rio” crescera e necessitava de local de culto. Em 1897, tiveram início as celebrações no templo.

Ao longo do século XX, a Capela sediou as atividades da Irmandade e as festas aos santos de devoção da comunidade afrodescendente. No final da década de 1980, começou a ser reconhecida como patrimônio cultural de Betim e foi tombada em 1998.


pág: 12
RB ENTREVISTA
(Clique aqui para ler essa seção)


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SÉRIE PERSONALIDADES
Marinha Luiza - marinha@betimcultural.com.br
Quem foi: Heitor Villa-Lobos

Villa-Lobos foi pioneiro na descoberta de uma linguagem musical brasileira, sendo um dos grandes expoentes da música do modernismo no Brasil. Suas obras valorizam o espírito nacionalista com elementos de canções populares, indígenas e folclóricas.

Tendo nascido em cinco de março de 1887, filho de Noêmia Monteiro Villa-lobos e Raul Villa-Lobos, o maestro carioca sempre foi incentivado aos estudos já que sua mãe desejava que ele fosse médico. Entretanto, seu pai, que era funcionário da Biblioteca Central e músico amador, deu-lhe instrução musical e uma viola adaptada para que o garoto começasse seus estudos de violoncelo.

Após ficar órfão de pai, aos 12 anos, Villa-Lobos começa a tocar violoncelo em teatros, cafés, além de passar a tocar também violão, devido ao interesse pela música popular no Rio de Janeiro.

Entre 1905 e 1912, realizou viagens pelo norte e nordeste, ficando impressionado com a cultura musical da região. Essa experiência resultou em uma coletânea de canções folclóricas destinadas à educação musical nas escolas, intitulada “O Guia Prático”.

O primeiro concerto com suas composições acontece em 1915. Apesar da crítica considerar seus concertos modernos demais, Villa-Lobos começou a ganhar cada vez mais destaque nas apresentações em São Paulo e Rio de Janeiro.

Em 1922 participou da Semana de Arte Moderna e no ano seguinte foi à Paris.

Em 1933 assume a direção da Superintendência de Educação Musical e Artística. A partir daí, grande parte de suas composições foram destinadas à educação.

O maestro, que realizou concertos em Roma, Lisboa, Paris, EUA, Israel entre outros, faleceu em novembro de 1959. No ano seguinte o governo criou o Museu Villa-Lobos, no Rio de Janeiro.


pág: 14
MANIFESTO DAS ARTES
VERDADEIRO ADORADOR | GRUPO ALIANÇA
Letra: Rejane Soares da Silva

Pai, estou de volta aqui
Quantas vezes deixei de confiar em Ti
Pai, minha cruz tentei sozinho carregar
E pelo caminho confundido estava
Mas agora venho te pedir
Ajuda-me, ajuda-me

E cria em mim oh Deus, um coração puro
Renova em mim oh Deus, um espírito reto
Apaga sim oh Deus, minhas iniquidades
E faça-me um verdadeiro adorador

Pai, quantas vezes eu clamei por ti e a tua voz eu não ouvi
Pai, achei que de mim não te lembravas mais
Mas foi no teu silêncio que eu descobri
Que a tua mão estava sobre mim
Mas arrependido venho te pedir
Perdoa-me, perdoa-me

Quantas noites em claro passei
De lembrar quantas vezes errei
Mas não me lances fora da tua presença
E não despreze um coração quebrantado e contrito
Torna a dar-me a alegria da tua salvação
Transforma-me, transforma-me.

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Informações:
grupoaliancabh.blogspot.com
(31) 3531-6690 / 3531-3779 / alianca.grupo@hotmail.com
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