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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED35 - Novembro de 2011

Revista para download: edição 35
Indíce da disposição online:

01    EDITORIAL / EXPEDIENTE
02    CARDÁPIO
03    ESPAÇO ABERTO ONLINE
04    CENTRAL CINE
05    CRONICANDO
06    PONTO DE VISTA
07    ESTADOS DO BRASIL
08    BUQUÊ SUBULATA
09    RE-PAR-TI-ÇÕES
10    KILL
11    MEMÓRIA DE BETIM
12    SÉRIE PERSONALIDADES
13    MANIFESTO DAS ARTES ONLINE





pág: 1
EDITORIAL
Sabrina Mendes – sabrina@betimcultural.com.br
EU E A TÃO FALADA... CULTURA!

O que é cultura para você? Qual o seu objetivo ao percorrer as páginas desta revista, que leva o nome de Betim Cultural? Por essência, a palavra cultura significa cultivar, e é exatamente isso que buscamos mês a mês: “cultivar leitores conscientes”. Se nossa proposta vai ao encontro de seu objetivo como leitor, maravilha! Você só tem a ganhar compartilhando este momento conosco.

Mais que o despertar para as manifestações culturais de nossa cidade, ponto que consideramos indispensável, a Betim Cultural se propõe a abordar temas um tanto subjetivos, mas que refletem diretamente nesse construir diário que chamamos de “nossa cultura”. Na edição deste mês convidamos você a pensar sobre sua personalidade, e, por conseguinte, o seu significado enquanto indivíduo, na construção cultural da sociedade.

Até quando vale anular nosso “eu” para sermos inseridos em um âmbito coletivo? Até onde sei o que partiu de mim e o que me foi imposto pelo outro? Tenho ciência desta imposição? São alguns questionamentos que trazemos. Reflita, reformule-se, compartilhe. Afinal, somos todos indispensáveis à construção diária de nossa cultura!

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EXPEDIENTE
Ano 04 - nº 35 - distribuição gratuita. Versão impressa: 1.000 exemplares

FUNDADOR E EDITOR: Tiago Henrique Rezende Fonseca.

COLABORADORES:
Ana Claudia Gomes, Cristiano de Oliveira, Gustavo Txai, Lucas Diniz, Marina Clemente, Marinha Luiza, Sabrina Mendes, Silvia Prata, Thiago Paiva, Tiago Henrique.

REVISÃO: Sabrina Mendes
SUPERVISÃO: Marinha Luiza, Silvia Prata
PROJETO GRÁFICO: Lucas Diniz

CIRCULAÇÃO
Ensino Superior | Setores Políticos | Pontos Culturais | Ambientes Escolares | Comércios e Anunciantes.

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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


Pág: 2
CARDÁPIO
(Clique aqui para ler essa seção)


Pág: 3
ESPAÇO ABERTO
A cada edição, uma nova autoria
Enchentes no Brasil | Vinícius José Gomes | vini19mar@hotmail.com

Vários pobres na favela e nos bairros menos favorecidos têm seus móveis arrastados, têm seus sonhos perdidos. As enchentes no Brasil acontecem desde 1900, os políticos prometem, esquecem e colocam debaixo dos panos.

Eles moram em bairros nobres, não se preocupam com os pobres, faça chuva ou sol, trabalham feito escravos, constroem uma vida inteira de luta, mas por descaso das autoridades, perdem tudo na chuva, no país da desigualdade.

Em todo o Brasil é desse jeito, o pobre não tem respeito. Afinal, não somos todos pobres? Pobres humildes nas mãos da minoria rica de colarinho branco, com contas bilionárias em bancos no exterior. E a enchente? Será que acabou?

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Envie textos de sua autoria para a Betim Cultural. Eles poderão ser publicados na revista em versão impressa ou virtual. Interaja também com sugestões, comentários e críticas: participe@betimcultural.com.br


Pág: 4
CENTRAL CINE
Gustavo Txai – gustavo@betimcultural.com.br
Documentários

Quem nunca viu ou ao menos ouviu falar dos documentários? Não é fácil defini-los, mas podemos dizer de maneira geral, que documentários são filmes que falam da realidade social, da vida das pessoas, enfim, dos aspectos reais do mundo. O cinema brasileiro sofre, há muito, grande influência do cinema documental, por tratar em grande parte dos filmes, de temas sociais e biografias, que são baseados na vida de uma pessoa ou de um grupo.

O cinema em si nasceu como documentário. Os primeiros filmes exibidos (produzidos pelos irmãos Lumière) mostravam cenas do cotidiano das pessoas, como um trem chegando à estação, trabalhadores saindo de uma fábrica, dentre outros tantos filmes, de diversos outros autores.

O primeiro filme documentário de longa metragem foi Nanook of the North, do americano Robert Flaherty. Este filme, até hoje, é considerado um marco dentre os documentários.

O primeiro a distinguir esse gênero cinematográfico para estudá-lo foi o soviético Dziga Vertov. Ele desenvolveu a teoria do “cinema-verdade”, termo pelo qual o documentário é conhecido até os dias de hoje.

Podemos encontrar documentários curtos e longos, que abordem diversos assuntos. Dentre os clássicos desse gênero no Brasil, podemos citar e recomendar “Cabra marcado para morrer” e “Edifício Master”, de Eduardo Coutinho. Há também outro, que talvez seja um dos mais conhecidos documentários de curta metragem no Brasil: “Ilha das flores”, de Jorge furtado.

O mais importante é que o documentário seja visto não como um gênero “entediante” e “careta”, mas como uma interessante forma de enxergar o mundo real através do cinema.

*ERRATA NA VERSÃO IMPRESSA: Onde deveria estar escrito 'Documentários' está escrito 'Norman Mclaren', o correto está como registrado aqui no site-blog.

Pág: 5
CRONICANDO
Thiago Paiva - paiva@betimcultural.com.br
QUEM TER PERSONALIDADE FAZ O QUE GOSTA, QUEM NÃO TEM, SEGUE A MODA

Uma das características mais admiráveis no ser humano é a sua personalidade e isto é algo cada vez mais raro hoje em dia, o que se mostra lamentável, pois personalidade e cultura caminham de mãos dadas rumo à construção do futuro de um povo, uma nação. Pensando nisso, preocupo-me para onde estamos caminhando, com jovens sem personalidade e sem cultura.

Existe uma grande diferença entre o que é a cultura e o que é modismo. Hoje, o que se vê, são pessoas que praticam o que é mais aceito pela maioria, ao invés de buscarem o que gostam de verdade. Muitos às vezes nem sabem do que realmente gostam, por se submeterem apenas ao que é ditado pela moda do momento.

Personalidade é ouvir seu artista favorito, independente de seus amigos gostarem ou não; é se vestir da maneira que te faça sentir-se bem; é conhecer lugares e pessoas, apesar da opinião que a maioria tem por estes. Personalidade é, acima de tudo, usar da liberdade que temos para sermos nós mesmos, sem segundas intenções. Mas, lamentavelmente, não é isso que se vê por ai. Nossa cultura tem sido esquecida. Para sermos aceitos com mais facilidade, abandonamos ideais em troca de modismos.

As pessoas esquecem o que é identidade cultural em troca da futilidade: para ir a lugares fúteis, usar coisas fúteis e agradar pessoas... fúteis!

Tenho orgulho de ser brasileiro, mas tenho vergonha de muitos da mesma nação. Indivíduos que se vendem, se prestam ao ridículo, em troca de serem inseridos em um grupo de pessoas que vendem a ideia de que bonito mesmo é ser igual à maioria.

Tenha personalidade para vivenciar e valorizar sua identidade cultural, quem você é, de onde vem.  Faça o que te faz bem, e não o que lhe é imposto. Personalidade é requisito para ter veias de sensibilidade e compreender a cultura e suas manifestações.


pág: 6
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com


pág: 7
ESTADOS DO BRASIL
TOCANTINS | Capital: Palmas

“Teus rios, tuas matas, tua imensidão
Teu belo Araguaia lembra o paraíso.”
(hino de Tocantins)

Tocantins é um dos nove estados que formam a região Amazônica. O cerrado, o pantanal e a floresta se encontram num espetáculo raro, apreciado em poucos lugares do mundo. Mais da metade do território são áreas de preservação, unidades de conservação e bacias hídricas.

Trata-se de um estado que reserva grandes surpresas aos seus visitantes. É conhecido como uma terra nova, de boas oportunidades e perspectivas, atrativa para migrantes e propícia aos investimentos. Cachoeiras, monumentos e manifestações culturais contrastam com a arquitetura arrojada da capital, Palmas.

Os dois milhões de hectares, protegidos em reservas indígenas, abrigam uma população de 10 mil índios, que preservam suas tradições, seus costumes e crenças. No Tocantins existem sete etnias, distribuídas em 82 aldeias.

Apesar de ser o estado mais jovem do Brasil, fundado em 1988, possui uma cultura secular, que reflete o seu longo processo de formação. Nas danças e cânticos, está traçada a identidade dos negros que aportaram em seu território para trabalhar na exploração do ouro, ainda sob o regime da escravidão. Nos eventos religiosos tradicionais, é carregada a essência da própria formação mística brasileira.

A palavra tupi “Tocantins” significa "bico de tucano” e era o nome de um grupo indígena que teria habitado a região junto à foz do rio que também leva este nome. O girassol tornou-se a planta símbolo do estado. Sua flor amarela, aberta em várias pétalas, simboliza o sol que nasce para todos. Essa simbologia também está presente na bandeira do estado, cujas cores azul, branco e amarelo representam, respectivamente, os rios, a paz e a riqueza da terra. Tocantins é, portanto, mais um dos 27 paraísos brasileiros.


pág: 8
BUQUÊ SUBULATA
tiago@betimcultural.com.br - thvirtual.com
A ROTATIVIDADE DA LUA

Um ano é tanto e tão pouco
Ontem fui ingênuo
Hoje, sou talvez mais maduro

No passado, fui inconsequente,
Agora, acho que sou prudente demais

A velocidade da vida,
Momentos errantes,
Detalhes eternos

Imagens
Sonhos
Planos
Sempre

Um quase reerguendo,
Um simples contratempo

O beijo da surpresa
A saudação de um sorriso
Um pensamento roubado
Um desejo refeito

Dois lábios que se tocam
Olhares que se cruzam
Esperanças que se movem
Emoções que se rondam.

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Agenda NOSTREIS

19/11 (sábado) a partir das 19hs
Festival Betting Rock | Tiatru DellArt
Rua Santos Dumont, 103
[próximo ao Poliesportivo]
Horto - Betim - MG

Informações: www.nostreis.com.br


Pág: 9
RE-PAR-TI-ÇÕES
Marina Clemente - marina@betimcultural.com.br – omarversosesons.blogspot.com
“PELA TELA ... PELA JANELA...”

Outro dia, reparando as coisas e os seres nas ruas, fiquei a devanear: se fôssemos sair, o que vestiríamos? Pensei dessa maneira para não apresentarmos um corpo nu tão passivo de construções distorcidas, visto que as construções alheias já são por si só, inerentes.  Ora, imaginei um pretinho básico. Ele sempre cai bem!  Mas logo tive outro pensamento: acho que qualquer coisa a ser vestida servirá como um banquete.  Por quê? Ora, hoje, pensar em como transitar nas ruas e como nos comportar é, ao mesmo tempo, pensar sobre o homem, o espaço público, as questões de gênero, a desigualdade social, as virtudes e valores, as vaidades... 

Não acham que isso daria uma boa trama nos palcos dos teatros ou telas de cinema? Estamos parecendo atores.  O que acontece nas ruas pelas quais transitamos todos os dias? Pensam nisso? Vejo as ruas como o lugar onde a indignação social e as desavenças entre as relações inter e intrapessoais estão cada vez mais exacerbadas. As extensões de nossos lares!

Mas porque trago esses temas? Simplesmente, porque ando pelas ruas e tenho percebido-as como o ponto de encontro entre qualidades e desvirtudes - onde estas andam lado a lado. Inspirada nos grupos sociais, homens e mulheres, na linguagem contemporânea, no conceito de liberdade, na poesia e na música - elegante, engraçada e densa, por seus diversos cenários, figurinos, imagens e sons – as coisas têm se apresentado aos meus olhos como intrigantes. E ela, a rua e seus “preenchimentos”, me leva a delatar e pensar nas questões existenciais e sociais.

Por que estamos nos devorando uns aos outros? Por que tantos conflitos? Enfim, tudo me parece um banquete, mas como os pratos e os abraços andam vazios, as pessoas estão sentindo a dor da falta, da ausência.  E o que faremos para que haja os encontros? Para saciarmos nossa fome? Para não sermos apenas hóspedes ou hospedeiros?


Pág: 10
KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - http://crisartes2009.nafoto.net


pág: 11
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia Gomes - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
LUGARES DE MEMÓRIA VI – MUSEU PAULO GONTIJO

Desde os anos 1970, Betim sonhava ter um museu dedicado à sua memória e é dessa década a primeira lei aprovada pela Câmara Municipal para a criação de um museu da cidade. Apesar disso, esse sonho foi realizado somente em 2002, após a restauração de um dos prédios mais significativos da trajetória local: o antigo Grupo Escolar de Capela Nova, nomeado posteriormente Conselheiro Afonso Pena.

O Grupo foi construído entre 1908 e 1910, pelos próprios cidadãos da Capela Nova, garantindo assim que o arraial tivesse seu primeiro espaço adequado ao ensino, já adotando a inovação dos modelos educacionais daquela época: a classificação dos alunos por nível de aprendizagem em séries, da primeira à quarta.

Até os anos 1960, esse prédio, localizado no atual hipercentro da cidade, na confluência das avenidas Governador Valadares e Amazonas, abrigou o Grupo Escolar. Depois, entre os anos 60 e 90, sediou outra importante instituição educacional da cidade, o Colégio Comercial Betinense, cuja liderança mais proeminente foi o saudoso educador Vicente de Almeida Barbosa.

Atualmente, aquela antiga casa do saber abriga objetos e documentos doados pela população tradicional de Betim e desenvolve atividades educativas e culturais. Os antigos o frequentam para viver e compartilhar as reminiscências; os jovens vão para se surpreender com os presentes do passado.


pág: 12
SÉRIE PERSONALIDADES
Marinha Luiza - marinha@betimcultural.com.br
Johannes Gutemberg

Se você está lendo esta revista, agradeça a Johannes Gutemberg, o filho mais novo de um rico comerciante, que inventou a imprensa no mundo ocidental, em 1945, e iniciou uma revolução: os livros deixaram de ser manuscritos e passaram a ser impressos e copiados, tudo de forma muito mais rápida.

Antes de Gutemberg, os chineses e coreanos já produziam seus livros em blocos de madeira. O alemão inovou ao criar uma forma de produzir massas de letras em liga de metal para imprensar no papel. Essas letras eram chamadas de tipos móveis. Ao contrário dos tipos de madeira, esses eram mais resistentes e duradouros, podendo ser reutilizados.

A primeira impressão feita por Gutemberg de que se tem registro, foi a bíblia, mas especula-se que ele tenha produzido outros livros anteriormente. O processo de impressão do livro sagrado durou cerca de cinco anos.

Historiadores dizem que parte da vida de Gutemberg é um mistério, em especial os primeiros anos. Ainda assim, sabe-se que o alemão nasceu na cidade de Muniz e desde jovem, tinha inclinação à leitura: leu todos os livros que havia na casa de seus pais.

Trabalhou como joalheiro, quando se aperfeiçoou na técnica de construção de moldes e fundição de ouro e prata, experiência que mais tarde lhe ajudaria na excelência de seus tipos móveis. Seu primeiro trabalho de impressão foi financiado por um comerciante de Mogúncia.

Johannes Gutemberg morreu em fevereiro de 1468, com cerca de 70 anos. Seu invento, além de baratear o preço dos livros, que antes eram escritos por monges e vendidos a custos inacessíveis à maioria das pessoas, foi percussor para a imprensa móvel, que a partir do século XVIII, passou a imprimir, além de livros, o primeiro meio de comunicação de massa: o jornal.


pág: 13
MANIFESTO DAS ARTES
MERCANTES | NO AR... O MELHOR DO POP ROCK BRASILEIRO

A banda MERCANTES chega ao mercado com uma nova proposta de pop rock, algo fora do lugar-comum; um som agradável, sem ser piegas; rebelde, mas não sem causa; um pop rock denso, profundo, com algo que sentimos falta hoje em dia nos sons que dominam o mercado brasileiro. É uma novidade que merece ser ouvida, comida, degustada... Enfim, uma música que podemos absorver usando os nossos cinco sentidos.

 A MERCANTES surge neste 2011, em Belo Horizonte, apresentando uma nova roupagem para o intitulado pop rock nacional. As músicas da banda falam de amor, despedidas, revoltas, cotidiano, brigas, medo, enfim, temas que povoam nosso consciente e nosso subconsciente todos os dias, o tempo todo. O nome da banda veio da extinta banda na qual Matheus Rocha e Madson Guimarães fizeram parte e que tinha o nome dado por Madson: Merchandise. ”Coloquei este nome pra contradizer, a princípio; foi uma forma de protesto a outros músicos de bandas que tinham a proposta fazer música apenas com o fim comercial, para, por exemplo, serem tocadas em Novelas. Merchandise  significa mercadoria. Mas, para mim música é muito mais que isso. E como as nossas músicas desse nosso novo projeto são em Português, decidimos por um nome em nossa língua: MERCANTES, que tem o mesmo significado pra gente. É isso”, diz Madson Guimarães.

As influências dos integrantes da MERCANTES são bem variadas e ricas. Vão de Legião Urbana a Led Zeppelin, segundo Madson. E entre um e outro há um grande leque de nomes nacionais e mundiais do Rock. No repertório estão principalmente trabalhos de Cazuza, Renato Russo e Raul Seixas. Vale conferir!

CONTATOS: 31 9286-2433 madmercantes@hotmail.com
Rose de Oliveira (roseneyoliveira@yahoo.com.br) - Assessora de Imprensa
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