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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED30 - junho de 2011

Revista para download: edição 30 




















Indíce da versão online:

01    EDITORIAL / EXPEDIENTE
02    CARDÁPIO
03    ESPAÇO ABERTO
04    CENTRAL CINE
05    CRONICANDO
06    PONTO DE VISTA
07    ESTADOS DO BRASIL
08    BUQUÊ SUBULATA
09    RE-PAR-TI-ÇÕES
10    KILL
11    MEMÓRIA DE BETIM
12    MANIFESTO DAS ARTES


pág: 1
EDITORIAL
Flávia Soares - flavia@betimcultural.com.br

Sempre em busca da verdade, a vida segue seu curso que ultimamente parece estar mais rápido e confuso pela pressa (ou pressão) da sociedade. Estar sempre de bom humor, ser feliz com os projetos, não muito bem pensados (a supervisão tem dúvida sobre a intenção da autora com essa expressão), ser criativo sempre; coisas simples, mas tidas como um dever social, um complicado dever social já que as pessoas têm que lidar com a violência, a sensação de vazio, a falta de diálogo, a incerteza e enfim... a morte.  

Hoje, tudo o que se configura como bom tem também seu lado ruim, aquele que individualiza, que apresenta a competitividade em sua forma mais perversa, a que destrói o próximo. Com isso, perde-se o respeito, a solidariedade, a vontade de ser feliz com o outro, e não o olhando de cima para baixo, mas no mesmo nível.

Desfazer as confusões mentais que a sociedade coloca no ser humano é difícil, mas já é o encontro de parte da verdade que todos procuram; a sua verdade, seja ela qual for e que está nesse viver passageiro, único, doce e amargo de que fazemos parte.

A RBC deseja a todos uma ótima leitura!

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EXPEDIENTE
Ano 03 - nº 30 - distribuição gratuita. Versão impressa: 1.000 exemplares

FUNDADOR E EDITOR: Tiago Henrique Rezende Fonseca.

COLABORADORES:
Ana Claudia Gomes, Cristiano de Oliveira, Flávia Soares, Gustavo Txai, Lucas Diniz, Marina Clemente, Silvia Prata, Thiago Paiva, Tiago Henrique.

REVISÃO: Flávia Soares
SUPERVISÃO: Silvia Prata, Ana Claudia Gomes.
PROJETO GRÁFICO: Lucas Diniz
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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


Pág: 2
CARDÁPIO
(Clique aqui para ler essa seção)


Pág: 3
ESPAÇO ABERTO
CAMINHADA ECOLÓGICA DA AMIZADE
Por Walisson Junio: walissonj.m.jardim@gmail.com | amizadeecologica@gmail.com

De uma comemoração de aniversário diferente, que uniu dez amigos em 2006, nasceu um grande evento, que hoje reúne vários interessados em curtir o contato direto com a natureza e as belas paisagens do meio rural betinense.

Trata-se da CAMINHADA ECOLÓGICA DA AMIZADE, que busca aliar esta forma saudável de exercício ao convívio entre os participantes, dentro de uma perspectiva de conhecer e admirar as inúmeras belezas da região da Serra Negra, que une os municípios de Betim e Esmeraldas.

Em clima de festa, os participantes seguem todo o trajeto da antiga Trilha dos Bandeirantes, hoje Caminho de Santa Quitéria, onde fazem plantios de mudas de árvores nativas da região, recolhem detritos que possam poluir o meio ambiente, e por fim se reúnem com outros caminhantes vindos de Esmeraldas, na divisa dos municípios, encerrando a CAMINHADA com confraternização e shows.

Recomenda-se aos interessados munirem-se de uma boa câmera digital e aproveitarem ao máximo os muitos locais propícios a belas recordações!

A edição deste ano ocorrerá em 18 de junho – um sábado – e a saída é em frente ao Caipirão do Lapinha, na região norte da cidade, às 6:30 horas.  O trajeto de 15 km é percorrido em 3,5 horas, em média.

INFORMAÇÕES:
www.amizadecologica.blogspot.com
9616-6067 Dercilio | 8783-9082 Walisson

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Envie textos de sua autoria para a Betim Cultural. Eles poderão ser selecionados e publicados no ESPAÇO ABERTO ou na seção MANIFESTO DAS ARTES. Interaja também com sugestões, comentários e críticas: participe@betimcultural.com.br


Pág: 4
CENTRAL CINE
Gustavo Txai – gustavo@betimcultural.com.br
CINEMA TAGARELA

No cinema, o som tem um papel muito importante. A música que nos faz chorar, de emoção ou medo, a piada que nos faz dar gargalhadas ou mesmo o discurso que nos faz pensar um pouco mais sobre a vida.

Antes de existir o som impresso junto à imagem, o cinema já dispunha de recursos que o faziam totalmente sonoro. No início, apresentadores que ficavam entre o público e a tela, pouco depois músicos fazendo a trilha ao vivo e ainda nesse princípio, atores que se dublavam atrás das grandes telas.

A primeira forma de conferir ao cinema som e imagem sincronizados se deu graças a um equipamento de gravação de áudio chamado vitafone. Esse som era (?), fazendo uma analogia, como se colocassem um CD gravado especialmente para o filme, passando sincronicamente. Os filmes dialogados vieram apenas no final da década de 1920 e caíram rapidamente no gosto popular.

Certamente era um grande desafio à criatividade passar mensagens sem a presença de som direto e quando este chegou muitos diretores se opuseram a ele alegando exatamente essa ameaça à forma criativa, mas com o tempo conseguiram conciliar criatividade, imagem e som.

No decorrer dos anos, muitas descobertas e tecnologias surgiram e até hoje em dia o som é um elemento muito importante em qualquer filme, sejam as trilhas musicais, sejam os diálogos bem elaborados para cada filme. Podemos dizer que o som, sozinho, pode fazer grandes coisas, mas também podemos dizer que o cinema sem o som talvez não fosse esse fenômeno que é até hoje. Dizemos sempre, cinema mudo, mas podemos dizer que desde o principio, ele foi bastante tagarela. Ainda bem.


Pág: 5
CRONICANDO
Thiago Paiva - paiva@betimcultural.com.br
O que nós queremos de verdade?

As pessoas querem nos ver sorrindo o tempo todo, não gostam de ouvir os problemas alheios e dizem que ações solidárias são atitudes bonitas, porém muito cansativas. As pessoas dizem que sonham com um mundo melhor para elas e para seus filhos, porém essas mesmas pessoas são aquelas que gritam no trânsito, dirigem embriagadas, não respeitam o espaço do outro, burlam as leis e poluem o meio ambiente na ilusão de que preocupação com o meio ambiente é algo para as autoridades constituídas.

As pessoas são tão estranhas! Querem um mundo com menos desigualdade social, mas repugnam um catador de papelão; respeitam uns aos outros pelo que têm e não pelo que são.

Exigem respeito do mundo sem respeitar o criador do mundo. Ouvi um comentário que daqui a alguns anos as máquinas irão dominar o mundo. Quem sabe essas máquinas criadas por homens nos levarão a um choque de consciência, de forma a vermos que quanto mais próximo estivermos delas e de suas tendências tecnológicas mais longe estaremos de nós mesmos? Essa é a razão. Talvez quanto mais de longe nos olharmos mais fácil nos encontramos.


pág: 6
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com





















pág: 7
ESTADOS DO BRASIL
Silvia Prata - silvia@betimcultural.com.br -.silviaprata.com.br
RONDÔNIA / Capital: Porto Velho

Convido você, leitor, para, através desta leitura, “pocar” para Rondônia. Não se assuste! “Pocar”, no linguajar do rondoniano, é o mesmo que ir ou vir. Você “poca”?

Rondônia encontra-se abrangida pela Amazônia Ocidental. Imagine um estado de relevo extremamente plano, localizado na região Norte, que produz muito café, cacau, arroz, mandioca e milho. Sua economia é baseada na agricultura, pecuária e extrativismo de madeira, minérios e borracha. Imagine que esse estado possui a oitava melhor distribuição de renda, a quarta menor incidência de pobreza e uma das capitais que mais crescem, demograficamente, em todo o país.

Nesse estado, é possível encontrar gente vinda de toda parte do Brasil e também da Bolívia, que faz divisa com Rondônia. O povo que veio se acomodar naquelas terras e por lá construiu sua história, com seus jeitos e trejeitos, fez de Rondônia um dos estados brasileiros mais miscigenados. O resultado dessa grande mistura de culturas é o rondoniense. Aquele que come peixe-amazônico, pão de queijo mineiro, polenta paranaense e churrasco gaúcho. Aquele que fala “guri” e “tchê” como se fosse do Rio Grande do Sul e “piá” como se viesse do Paraná. Aquele que chama os terrenos de “datas” e transforma o verbo procurar em, simplesmente, “caçar”.

Renato Teixeira disse, em uma de suas composições:
“Rondônia, Guajará-Mirim, Cacoal
Ariquemes, Pimenta Bueno
Logo logo eu estarei em Porto Velho
Que é a menina dos meus olhos, meu veneno...”

E não é que esse guri estava certo, tchê?


pág: 8
BUQUÊ SUBULATA
tiago@betimcultural.com.br - thvirtual.com
POEMA DO BECO ESCURO

Sem lugar pra nada
Me ligo nos lampejos de luz
Em sussurrados medos vadios
De um farol à distância,
De um olhar perceptível
Imaginado, esperado
Transpirante

Volto às sombras dos tons de cinza
Refletidos no chão,
Ao notar um banco... Um banco,
Um movimento
Às vezes provocado pela inércia

...

Lampejos
Assombros
Desejos
Vontades
Um fim;
Um novo começo.


Pág: 9
RE-PAR-TI-ÇÕES
Marina Clemente - marina@betimcultural.com.br – omarversosesons.blogspot.com
Novos lábios... Outros sons...

Companheiros, esse ano vamos ter que usar nossos lábios de maneiras diferentes. Com doçura e suavidade nas bocas, decoraremos o firmamento com versos e sons inéditos e inesperados. O tal do vazio que perfura as entranhas e provoca a Grande Solidão, da qual tão bem saberemos sair voando, não mais nos convidará ao recolhimento.  Acabaram-se: solidão, desassossego, ausência, falta de lugar e monstros em nossas mentes.  Estaremos satisfeitos, reluzentes e dando gargalhadas dos “poderosos”!

Se a aceitação do banquete que nos era servido até então descia goela abaixo, provocando náuseas, não desce mais. O Poeta nobre, a boa comida, e bem-servida, se renderá. Aqueles pratos mal-servidos que desviavam nossas atenções, nossos desejos e anseios, isolando os nossos sonhos de nossos próprios olhos, não compramos mais.  O que era desejo estava se tornando idealizações, às vezes tão às avessas da realidade primeira do que queríamos que ficávamos parecendo seres hipnotizados com as pupilas dilatadas expostas nas “tarde quentes”. Porém, vê-se uma saída.  Se há uma possibilidade de articulação entre nossas idealizações com nossos desejos, façamos!

Depois que descobrimos que não se morre andando na contramão, quando ninguém sabe ao certo o que é direção, a questão é: mirar o alvo e acertar. Portanto, esse ano usaremos nossos lábios de maneiras diferentes. Vamos nos “programar”, mas querendo saber do fim.

Vamos preferir flores a dores. Sons a barulhos. Beijos a porradas... Nossas queixas passarão para o estatuto de respostas.  Vamos dizer: “Vocês não são de nada só comem marmelada”.

A saber, mesmo com as enormes conseqüências sociais, vamos dizer: o quanto queremos saber de vocês.  Seremos... “corpo-alma, coração!”


Pág: 10
KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - crisartes2009.blogspot.com










pág: 11
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia Gomes - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
Lugares de memória em Betim I

O historiador francês Pierre Nora, um dos grandes nomes da disciplina histórica no mundo, cunhou a feliz categoria “Les lieux de mémoire”, ou “lugares da memória”. Com ela, nomeou toda unidade significativa, material ou ideal, que, pelo trabalho do tempo e dos homens, se tornou símbolo da memória de um povo. Nora, ao longo de duas décadas, fez publicar três volumes que investigavam os “lugares de memória” da França, incluindo lugares propriamente ditos, mas também aspectos da cultura francesa, como a galanteria, a culinária e os perfumes.

A partir de agora, na coluna Memória de Betim, faremos uma adaptação muito simples dessa idéia de Pierre Nora. Trataremos os “lugares de memória” da cidade de Betim, e assim, empreenderemos um “inventário simbólico” desta cidade cheia de objetos ocultos que despertam reminiscências e nostalgias, mas também indagações nos passantes.

Farão parte da série “Lugares de memória em Betim” os monumentos consagrados, como a Casa da Cultura, o Museu Paulo Gontijo e a Capela do Rosário; mas também lugares encantadores, pouco conhecidos do público, como a Capela de São Sebastião da Várzea das Flores, a estrada de Santo Antônio, na região da Serra Negra, a pintura de Inimá de Paula, no bairro Açude e a Gruta a Nossa Senhora de Lourdes, na Colônia Santa Izabel. E também aspectos da cultura betinense, como o futebol e seus clubes sociais e bailes; o cinema e as folias de reis; as memórias do trem.

Convidamos o leitor a sugerir aspectos da memória e da cultura betinenses para abordagem pela coluna, e ainda a contribuir com seus saberes sobre esses lugares. O inventário simbólico de Betim ficará melhor com os saberes de seus muitos memorialistas.


pág: 12
MANIFESTO DAS ARTES
A DOR PRECEDE A ARTE
Elton Basílio / eltonmg@gmail.com

A verdade é que tudo isso é muito triste
E é triste que tudo isso seja verdade.
Vivo; então me resta viver...
Cada palavra a mais é uma a menos
E este é o primeiro verso do resto da poesia.
Hoje é o primeiro dia,
Do resto de nossas vidas.
Vivo em prosa, outrora em verso
Vivo vivendo a vida vadia
Poesia
E meus versos não são doces ou amargos;
Estes brutos e insípidos versos!
Loucura? Mas isso é tão relativo...
O filisteu sabe ganhar a vida
O poeta sabe viver a vida
E quer saber quem está certo?
Ninguém.
A única certeza é incerteza única
Geralmente não tenho sorte ou dou azar.
Não sei! Não sei! Não sei!
Sinto-me oco. Sou vazio.
E cada porque aumenta este vácuo.
Abismo duvidoso que maltrata!
Uma dica: continue dentro da caverna,
Pois a ignorância é uma benção!

___
Elton Basílio por ele mesmo: pai, marido, funcionário público, universitário e também uma boa companhia para se tomar uma cerveja. Não raras vezes se empenha no violão e também escreve alguns versos, mas nada que o categorize como músico ou poeta. Atualmente é colunista do Betim Rock, blog que visa falar sobre bandas da nossa cidade.
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