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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED26 - janeiro de 2011

Revista para download: edição 26





















Indíce da versão online:

01    CAPA
02    CARDÁPIO
03    EDITORIAL E EXPEDIENTE
04    ESPAÇO ABERTO
05    COLÓQUIO
06    ESTADOS DO BRASIL
07    SÉRIE PERSONALIDADES
08    RBC ENTREVISTA - Renato Teixeira
09    OBSERVATÓRIO
10    TIAGO HENRIQUE
11    MEMÓRIA DE BETIM
12    AMBIENTAL
13    CRONICANDO
14    PONTO DE VISTA / KILL
15    LETRAS DE MÚSICA   


Pág: 2
CARDÁPIO


pág: 3
EDITORIAL
Flávia Soares - flavia@betimcultural.com.br

Vocês já ganharam batalhas seguidas e quando menos esperavam perderam a guerra? Pois é. Inesperadamente, fracassamos do nada. Quando achávamos que tínhamos tudo nas mãos (devido às lutas diárias), este tudo se perde. Voltamos em nossa memória para tentarmos enxergar os erros, mas, em vão, não obtemos respostas, porque não basta apenas nos conhecer ou conhecer o outro, é preciso ter em mente que o Universo não é regido pelas ideias ou desejos do homem, mas por algo (ou alguém) maior que ele, algo inexplicável que necessita que seja assim, do contrário seria alvo de nossa raiva constantemente. Diante disso, a sensação de tempo perdido é a que fica impregnada em nossas almas nos causando dores e lágrimas incessantes, porém, se notarmos o lado bom do fracasso, veremos que ele também é libertador. Ele nos dá incentivo e coragem para descobrirmos novos desafios a serem enfrentados e, dessa vez, todos serão vencidos! Hoje, pessoalmente, digo que vivo o melhor dos meus fracassos, pois ele me libertou e abriu meus olhos para o que realmente importa: viver enquanto há tempo.

A RBC de janeiro de 2011 deseja aos leitores paz, sorte, saúde e muita felicidade. Que nesse novo ano, possamos ser capazes de refletir sobre nossas ações, mas nunca nos culparmos totalmente do produto delas. Há sempre uma razão para que tudo aconteça!

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EXPEDIENTE
Ano 03 - nº 26 - distribuição gratuita. Versão impressa: 1.000 exemplares

FUNDADOR E EDITOR: Tiago Henrique Rezende Fonseca.

COLABORADORES:
Ana Claudia Gomes, Cristiano de Oliveira, Edie Shibumi, Fernando Aguilar, Flávia Soares, Leonardo Dias, Lucas Diniz, Marina Clemente, Silvia Prata, Thiago Paiva, Tiago Henrique.

REVISÃO: Flávia Soares
SUPERVISÃO: Silvia Prata, Ana Claudia Gomes.
ILUSTRAÇÃO DE CAPA: Cristiano de Oliveira
PROJETO GRÁFICO: Lucas Diniz

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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


Pág: 4
ESPAÇO ABERTO
ESTRADAS E DESTINO
João Lucas Silva Penido

Continuo andando
Nessa estrada sem fim,
Quando olho pro lado
Vejo meu pai lá em Betim,
Persisto e vou em frente,
E acabo vendo,
Um monte de gente demente.

Dos dois lados da vida,
Vejo um armazém,
Cheio de flores, dores, e um monte de amém
E depois me deparo
Que estou andando,
Mas nada quero encontrar
Então nessa vida,
Para que acelerar?


pág: 5
COLÓQUIO
Fernando Aguilar - fernando@betimcultural.com.br
Afinal de contas, o que é o homem diante da Natureza?

A primeira coisa que se destaca no homem ao contemplar a si próprio, é seu corpo. Isso é, certa parcela de matéria que lhe é subjetiva. Mas para compreender o que ela representa, há que fixá-la em seus determinados limites, intentar compará-la a tudo o que se encontra acima ou abaixo dela.

E se ao fitar, nossa vista se deter, ainda que nossa imaginação não pare; mais rapidamente ela se cansará de revelar, que a Natureza de fecundar. Todo esse mundo visível é apenas uma quimera perceptível em relação à maravilha da Natureza, que nem sequer nos é dada a conhecer de um modo vago. Por mais que ampliemos nossos questionamentos para além da imaginação, pelo cosmo, conceberemos tão somente átomos em comparação à realidade das coisas. Esta é uma esfera cujo centro se acha em toda parte e cuja circunferência não se encontra em nenhuma.

E o fato de nossa imaginação perder-se neste pensamento, constitui, em suma, a maior manifestação da onipotência de Deus. Que o homem, voltado para si próprio, considere o que ele é diante do que existe; que não perca passo e se descubra como uma partícula ilhada neste planeta, e que, da pequena cela onde se encontrar encarcerado, do universo, aprenda a avaliar em seu valor exato a terra, os reinos, as cidades e a ele próprio.


pág: 6
ESTADOS DO BRASIL
Silvia Prata - silvia@betimcultural.com.br - silviaprata.com.br
PIAUÍ / Capital: Teresina

O estado, cuja bandeira tem as mesmas cores da bandeira do Brasil, é o local onde se encontram os vestígios mais antigos de povoamento das Américas. Há 188 anos, foi proclamada a sua emancipação em relação a Portugal marcando a adesão à independência do Brasil. Quatro vogais e uma consoante compõem a palavra “Piauí”, que vem do tupi, e significa “rio dos piaus”.

Piauí se caracteriza pelas baixas altitudes, chapadões, planícies e vales úmidos. Suas elevações numerosas são responsáveis pelo surgimento de formações geológicas grandiosas. Exemplo disso é a Serra da Capivara, região semi-árida com densa concentração de sítios arqueológicos e paisagens de surpreendente beleza natural, retratando a vida do homem pré-histórico e deslumbrando visitantes. O litoral, onde existe um importante projeto de proteção do peixe-boi, atrai turistas do mundo inteiro, principalmente esportistas que aproveitam os fortes ventos para a prática de surf.

Considerada a terceira capital mais segura do país, Teresina é rica em centros culturais, parques ecológicos e incontáveis pontos turísticos. A cidade tem como lema "Omnia in Charitate", que significa, em português, "Tudo pela caridade". O município de Pedro II, conhecido como “cidade das opalas” (pedras preciosas que podem valer mais que ouro), é uma das cidades mais populosas do estado e tem como elemento vital para a economia a extração de pedras preciosas. Destaca-se também o artesanato à base de fio de algodão, que dá origem a tapeçarias e redes. Em todo o estado, a agricultura, o comércio e a pecuária são as principais fontes de renda.

O piauiense tem dialeto próprio. O folclore é rico em simpatias, “causos”, cordéis, folguedos, culinária e tradições que demonstram a sabedoria popular e o linguajar descompromissado desse povo. Estampados no rosto do homem do Piauí estão a felicidade em meio a lida e o comovente orgulho em ser quem é: piauiense.


pág: 7
SÉRIE PERSONALIDADES
Confúcio - Por Edie Shibumi

Este filósofo chinês, considerado o fundador do Confucionismo, nasceu na província de Shandong e teria vivido entre os anos de 551 e 479 A.C, período da história da China em que a dinastia Zhou tinha perdido toda a autoridade sobre o país que vivia uma situação de guerra entre suas províncias.

Desse personagem histórico sabe-se pouco. Era de uma família nobre e assim como outros intelectuais da época viajava muito dentro do país oferecendo seus serviços aos senhores dos principados. Apresentou suas teorias, ensinamentos e conselhos a muitos desses senhores, mas, pelo que se sabe, nenhum deles os colocou em prática.

Apesar da não adoção de seus ensinamentos pelos senhores da época, Confúcio teve muitos seguidores que difundiram suas idéias. Após sua morte, uma coleção de seus preceitos intitulada Lunyu (Discursos e conversações) foi copilada por alguns de seus seguidores.

Segundo se sabe, Confúcio foi enterrado em seu país, na pequena cidade de Qufu, que se tornou local de peregrinação.

A filosofia de Confúcio, como muitas outras de sua época, buscava o restabelecimento da ordem através da aplicação de regras que moldassem as ações de cada indivíduo, pois o centro do pensamento era de que o indivíduo se controlando, melhorando o seu comportamento e o modo de ver o mundo, acabaria provocando no universo o mesmo efeito transformador.

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www.seriepersonalidades.blogspot.com


pág: 8
RBC ENTREVISTA - RENATO TEIXEIRA, publicada virtualmente em agosto de 2010 e republicada em versão impressa em janeiro de 2011 (Clique aqui)


pág: 09
OBSERVATÓRIO
Edie Shibumi - shibumi@betimcultural.com.br
A festa terminou

A festa terminou, as luzes se apagaram e o salão está quase vazio. Sentado no trono, com uma cara de extrema alegria, se encontra o novo rei. Não houve guerra ou qualquer assassinato, apenas a vontade unânime e sábia do povo (como diria Nelson Rodrigues!). Ele (ou ela, afinal o poder assim como os anjos não têm sexo!) foi eleito por suas qualidades, idéias inovadoras e grande responsabilidade social.

Nos próximos anos, esta figura fará tudo o que estiver a seu alcance para honrar seus compromissos com aqueles que o levou ao poder. Levará segurança e melhores condições de vida às periferias brasileiras (Jardins, Copacabana, Lago Sul, Angra dos Reis, etc.), todos os brasileiros humildes terão voz (Magalhães, Batistas, Bulhões....), inocentes serão justiçados (Cacciola, Maluf, Roriz.....) e a estrada do futuro será pavimentada (mais um pouco de sangue e ossos).

A figura imponente, agora chamada governante, observa o salão quase vazio e pensa em seus domínios, tanto poder e glória (por um preço tão pequeno), apenas uma alma por milhões de servos! Pensa em sua trajetória, suas lutas, conquistas, as alianças (o diabo não é tão feio como o pintam), as mentiras (nunca mentiu, disse apenas o que queriam ouvir!), vindo do povo e alçado ao poder é o símbolo da força igualitária da democracia.

Sente pelo corpo um calor e uma dormência, o sono se aproxima, não deseja que a festa termine ou que a noite tenha fim, quer gozar todas as sensações que este momento único lhe traz. Observa pelo canto dos olhos, já quase fechados, uma sombra que se arrasta recolhendo as sobras e os restos do seu festim. Do fundo da memória e com muito esforço, vem uma luz de reconhecimento, é o “povo” (afinal ele também tem direito a participar da festa). Dorme em paz, pois se sente justo e nobre.


pág: 10
TIAGO HENRIQUE
tiago@betimcultural.com.br - thvirtual.com
O NOME QUE NÃO SEI

Vou embora com seu olhar
Com seu sorriso belo
Com seu carinho disposto
A fixar seus olhos nos meus

A fila anda rápido
Mais do que eu gostaria
Deixo você ir na frente
Tentando despistar seus flertes indecentes

Me alegro,
Faço cara de conquistador
Te vejo
Te beijo
Olha, de novo,
Te pego.


pág: 11
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia Gomes - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
Igreja Velha: turbilhão da memória de Betim

Se a memória puder ser associada a um torvelinho, o epicentro desse fenômeno, em Betim, será a “Igreja Velha”. A história desse monumento local remonta a 1754, quando o arraial da Bandeirinha do Paraopeba, então existente onde hoje está o bairro Bandeirinhas, solicitou à Igreja Católica autorização para a construção de uma capela, a fim de que seus devotos não tivessem que se deslocar até o templo mais próximo, em Esmeraldas.

Autorizada a ereção da capela, o local escolhido foi o elevado onde hoje se localiza a Praça Milton Campos, e por isso o pequeno templo tornou-se conhecido como “Capela Nova do Monte do Carmo”. Em torno dele, foi-se aglomerando gente e assim nasceu o arraial da “Capela Nova do Betim”, que desabrochou. No século XIX, a capela tornou-se Matriz do Carmo, quando já fora construído um belo templo barroco.

Da Igreja se originava a energia do arraial. Nela, estabeleceu-se o legendário Padre Osório, personalidade capaz de liderança e poder em várias instâncias da vida. Mas, no século XX, o desenvolvimento em Betim associou-se à ferrovia e à rodovia, levando a urbanização para os fundos da Matriz, no eixo Av. Governador Valadares/Av. Amazonas.

Pobre Igreja Velha... Começou a ser associada ao “velho”, literalmente. Sussurros diziam que cairia, tão degradada estava. A cidade fez erguer uma nova Matriz, e a Igreja Barroca foi demolida em 1969. Entretanto, foi só vir abaixo, e tornou-se uma unanimidade da memória. Todos a pranteiam e buscam culpar alguém pela sua perda. Em seu lugar, ergueu-se um belo monumento metálico, com seus contornos. Contornos que, aliás, estão por toda parte em Betim.

Cada vez mais se buscam suportes materiais para esta nossa reminiscência: a Igreja Velha está entre nós!


pág: 12
AMBIENTAL
Leonardo Dias - leonardo@betimcultural.com.br
MENOS PALAVRAS, MAIS AÇÃO

A discussão ambiental é pop. É a ordem do dia. De todos os dias. Como tudo que é moda, tem seus momentos de alta e de baixa. O que é super conceituado hoje é superestimado amanhã e obsoleto na semana que vem. No que se refere às discussões ambientais, não muda muito. Manifestações pró e contra determinados fatos e atitudes, engajamentos e defesas de pontos de vista, tudo isso oscila entre em voga e sem importância.

Talvez o grande responsável por esses paradigmas sejam as campanhas publicitárias. Com um bom marketing, qualquer debate, por mais simples que seja, pode se tornar algo de proporções homéricas e nem sempre esse propagandear é positivo ou confere com a verdade.

Alguém já se perguntou o porquê de tantas empresas baterem no peito para falar de reflorestamento? Ou da real importância dessa medida para a preservação e recuperação de ambientes antes degradados? Por que empresas se dizem “socialmente responsáveis”, ou “sustentáveis” ou “engajadas com a questão ambiental”, quando na verdade só almejam uma boa visibilidade e aceitação por parte da sociedade? Estas são questões às vezes muito acima da pequena compreensão de mundo que cabe a cada um de nós.

Será que uma organização que se orgulha de produzir carvão vegetal, com quilômetros de florestas de eucaliptos, tem noção do impacto negativo dessas medidas para o meio ambiente? Não creio. Em 20 anos, o que restará é uma terra improdutiva, com um lençol freático completamente seco nas imediações e, ainda assim, eles irão fazer questão de bater na tecla do “reflorestamento sustentável”. Acho que ignorantes somos nós, por não entendermos que quando usam o termo “sustentável”, falam exclusivamente de seu próprio sustento, sua própria fome pelo capital.

Mais importante do que divulgar, é necessário empenho para que realmente se possa fazer a diferença e ter na cabeça a idéia que a sustentabilidade não começa de cima para baixo. Não é das grandes empresas e políticos que virão as soluções. Elas devem começar no seio da sociedade, dentro de cada um de nós, dia a dia.


Pág: 13
CRONICANDO
Thiago Paiva - paiva@betimcultural.com.br
A falta que faz olhar para o próprio umbigo

Quantas pessoas você já criticou hoje? Quantas pessoas você já criticou essa semana?
Criticar de maneira incorreta, aquela que possui como único objetivo denegrir e tentar diminuir as qualidades do sujeito criticado ou ação produzida.

Infelizmente, o sinônimo de crítica para a maioria das pessoas é a oportunidade de dizer o que uma outra tem de ruim.

Mas... e a capacidade de autocrítica, você tem? Para mim, não se pode falar em capacidade, isso é mesmo uma virtude, pois bendito seja aquele que olha para si e consegue encontrar seus defeitos. Se alguém chegar a você agora e te pedir para falar cinco defeitos que você tenha, acha que conseguirá fazer isso? Agora, peça para achar cinco defeitos em alguém que você conheça. Você irá demorar menos tempo do que levou para encontrar seus próprios defeitos.

As pessoas estão predispostas a criticarem os outros. Isso é observado em relações de amizade, trabalho, namoro. 

A autocrítica é conseguir olhar para o próprio umbigo e saber, por exemplo, que para criticar uma tarefa feita por alguém, você tem de estar apto a realizá-la melhor que a pessoa a quem você direcionou tal crítica. Mais que isso, olhar para o próprio umbigo é aceitar que não somos perfeitos e, assim como erramos, devemos ser serenos com quem está errando, pois com a mesma severidade que julgamos, seremos julgados.

Olhar para o próprio umbigo é saber que perfeitos não somos e nunca seremos e por isso antes de criticar alguém se deve olhar para si mesmo e descobrir que a imperfeição não possui exceções.


pág: 14
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com





















KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - crisartes2009.blogspot.com








pág: 15
LETRAS DE MÚSICA
Alethárgika / Meio Metro Por Hora
Composição: Bárbara Lorena & Gabriela Seemly.

Sei lá se foi divertido
O que passou pelo vidro
Vejo carros em paredes
Skatista, sem skate

O cara ali falando sozinho
Ou será que está falando comigo?
Estou sentada há mais de uma hora
Já é tarde, eu quero ir embora

Um doidão de cabelo estranho
E uma tia comendo batatinha
E este outdoor em branco que mais parece azul calcinha
O tempo passa do lado de fora
Alguma coisa faz isso andar
Mais que... meio metro por hora

Sei lá se foi divertido
O que passou pelo vidro
Vejo carros em paredes
Skatista, sem skate

Aquela imagem gera uma lembrança
Estou parada, mas isto me cansa
Aqui sentada há mais de uma hora
Eu tô cansada, eu quero ir embora

Um doidão de cabelo estranho
E uma tia comendo batatinha
E este outdoor em branco que mais parece azul calcinha
O tempo passa do lado de fora
Alguma coisa faz isso andar
Mais que... meio metro por hora


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