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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED25 - dezembro de 2010

Revista para download: edição 25






















01    CAPA
02    CARDÁPIO
03    EDITORIAL E EXPEDIENTE
04    ESPAÇO ABERTO
05    COLÓQUIO
06    ESTADOS DO BRASIL
07    SÉRIE PERSONALIDADES
08    MARINA CLEMENTE
09    RBC ENTREVISTA
10    OBSERVATÓRIO
11    TIAGO HENRIQUE
12    MEMÓRIA DE BETIM
13    PONTO DE VISTA / KILL
14    LETRAS DE MÚSICA   
15/16    APOIO CULTURAL


Pág: 2
CARDÁPIO (Clique aqui)


pág: 3
EDITORIAL
Flávia Soares - flavia@betimcultural.com.br

Alegrias, amizades, experiências, tristezas... fatores cíclicos, não necessariamente nessa ordem, que constituem a vida. Muitas vezes, nossa vida é chata, caímos na mesmice cotidiana, perdemos um pouco a alegria, nossos amigos nos decepcionam e as experiências... estas... nos surpreendem a cada segundo! Algumas são conseqüências daquilo que pensamos, fazemos e escolhemos, outras, nos trazem a felicidade ou a tristeza inesperada.

Quem considera a vida um dom complexo e interligado, acredita que as tristezas constituem alguns elos dessa corrente sublime; é a parte que se desgasta mostrando que é hora de trocarmos o elo ou soldá-lo. São nesses momentos de quebra, que repensamos nossa existência, viajamos para outros lugares, (mesmo que seja só mentalmente) na busca do aperfeiçoamento e do crescimento que nos darão força para seguir em frente. Um exemplo disso aconteceu, e acontece, com variados escritores, pois seus momentos de reflexão e atormentações tornaram-se imortais em poemas, romances, peças teatrais... as obras-primas da tristeza, da fuga da “vida real”.

Entretanto, a RBC desse mês oferece a todos momentos de auto-conhecimento e reflexão junto à felicidade, porque acreditamos que ela pode ser até momentânea, mas é única e incomparável... a obra-prima da vida.  

Tenha uma ótima leitura!

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EXPEDIENTE
Ano 03 - nº 25 - distribuição gratuita. Versão impressa: 250 exemplares

Fundador e Editor: Tiago Henrique Rezende Fonseca
Revisão: Flávia Soares
Supervisão: Silvia Prata
Ilustração de capa: Cristiano de Oliveira
Projeto Gráfico: Lucas Diniz

COLABORADORES:
Ana Cláudia Gomes, Cristiano de Oliveira, Edie Shibumi, Fernando Aguilar, Flávia Freitas, Flávia Soares, Lucas Diniz, Marina Clemente, Silvia Prata, Tiago Henrique.

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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


Pág: 4
ESPAÇO ABERTO
TESTAMENTO
Michele Silveira / michelydepaula@hotmail.com

Deixo minha alegria,
com as doces crianças do orfanato.
Deixo minha amizade,
com os que vivem no asilo.
Deixo meus conhecimentos,
com todos aqueles que deles um dia precisaram.
Deixo minha experiência de vida,
com todos os jovens que comigo conversaram.
Deixo meu bom ânimo,
com todos que lutam contra seus vícios.
Deixo minhas palavras de esperança,
com aqueles que idealizam um mundo melhor.
Deixo minha fé,
aos que passam pelas mais diversas provações.

E não pense você que parto sem nada. Levo tudo comigo, porque o que deixo não é como o ouro que abandonamos apenas quando não podemos mais levá-lo. Deixo apenas o que plantei ao longo de minha vida com minhas palavras, ações e visitas aos irmãos que sofrem.

E por isso, mais que saudades, deixo com quem fica todo meu amor.

E você, o que está deixando?


pág: 5
COLÓQUIO
Fernando Aguilar - fernando@betimcultural.com.br
UM PENSAMENTO DISTORCIDO

Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) desprezado e incompreendido em sua época, seu pensamento acabaria por ser distorcido, utilizado pelos nazistas na Segunda Guerra Mundial como justificativa para a “purificação de uma suposta raça ariana”. Só muito recentemente, e por iniciativa de alguns pensadores como Michel Foucault, Gilles Deleuze e Pierre Klossowski, iniciou-se um processo de releitura dos textos nietzschianos.  Descobriu-se então, que Nietzsche havia sido um dos mais contundentes críticos do anti-semitismo apregoado pelos nazistas.  No aforismo 251 de “Além do bem e do mal”, ele escreveu: Os judeus são, sem qualquer dúvida, a raça mais forte, mais tenaz e mais pura que atualmente vive na Europa; eles sabem se impor mesmo nas piores condições (até mais que nas favoráveis), donos de virtudes que hoje se prefere rotular de vícios. [...] O que eles desejam e anseiam, com insistência quase importuna, é serem absorvidos e assimilados na Europa, pela Europa; querem finalmente se tornar estabelecidos, admitidos, respeitados em algum lugar, pondo um fim a sua vida nômade, ao “judeu errante”; esse ímpeto e pendor (que talvez já indique um abrandamento dos instintos judaicos) deveria ser considerado e bem acolhido: para isso talvez fosse útil e razoável expulsar do país os agitadores anti-semitas.

Nietzsche defendeu o homem nobre como uma forma de existir capaz de dizer “sim” à vida integralmente, em todos os seus aspectos, afirmando-a, criando valores e participando ativamente da produção de sentido do mundo.

Isso caracteriza uma maneira de viver expandida, potente, onde estar-aí significa acolher e amar a existência, com tudo o que ela traz de prazer e alegria, mas também de dor e sofrimento, pois nessa perspectiva, as imperfeições da vida - geradoras de infelicidade - são as próprias condições de o homem se potencializar e crescer.


pág: 6
ESTADOS DO BRASIL
Silvia Prata - silvia@betimcultural.com.br - silviaprata.com.br
PERNAMBUCO / Capital: Recife

Impossível é não relacionar Pernambuco com o azul do céu e do mar. Possível é se encantar com o Estado apenas através destas palavras que traduzem os encantos pernambucanos. Pernambuco lembra sol, caatinga, alegria e sertão.

Banhado pelo grande Oceano Atlântico, o Estado incorpora em seu território o arquipélago de Fernando de Noronha que recebe turistas do mundo todo. Apesar de ser um dos menores Estados do país, Pernambuco é rico em cenários. Serras, planaltos, brejos, semi-aridez no sertão e praias constituem o visual tipicamente brasileiro. Para completar esse visual, as altas temperaturas são justificáveis pela posição geográfica do Estado, que fica inserido na Zona Intertropical.

Alguns dizem que na época do descobrimento o pau-brasil era chamado de “Pernambuco” nas línguas indígenas. Outros dizem que a palavra significa "onde o mar se arrebenta", já que a maior parte do seu litoral é protegida por paredões de recifes de coral. O importante é que em 1532, foi criada a capitania de Pernambuco. O tempo deixou marcas eternas no Estado. A igreja católica mais antiga do Brasil, construída em 1535, está localizada em Igarassu. Mesmo com tantos anos de história, Pernambuco ainda preserva locais praticamente intocáveis, o que fortalece ainda mais o turismo da região.
Na bandeira do Estado, a cor azul simboliza a grandeza do céu pernambucano; a cor branca representa a paz; o arco-íris remete à união de todos os pernambucanos; a estrela caracteriza o Estado no conjunto da Federação; o Sol é a força e a energia de Pernambuco; finalmente, a cruz carrega a fé na justiça e no entendimento.

É assim, com essa mistura de cores, que Pernambuco desperta amores por todo o Brasil. E assim, em Recife, Olinda ou Fernando de Noronha, Pernambuco faz história no mapa.


pág: 7
SÉRIE PERSONALIDADES
KARL MARX - por Edie Shibumi

O teórico socialista e revolucionário alemão nasceu em 1818, estudou direito nas universidades de Bonn e Berlim, foi membro do grupo dos jovens hegelianos e, em 1842, tornou-se redator chefe do Gazeta Renana, jornal de oposição fundado por burgueses radicais.

A partir daí, tomou conhecimento dos problemas econômicos e conheceu o Socialismo Francês. Em 1843, casou-se e se mudou para Paris onde lançou os Anais Franco-alemães, cujo único número publicou “A questão judaica”. Após escrever os “Manuscritos”, em 1843, nos quais foi muito influenciado por Hegel e Marx, escreveu a “Contribuição à crítica da filosofia do direito”, de Hegel, “Contra os hegelianos”, “A sagrada família”, com Engels (1845), “A ideologia alemã” (publicada em 1932) e contra Proudhon, “Miséria da filosofia” (1847).

O período vivido por ele em Paris (1843-45) e Bruxelas (1845-48) foi de intensa atividade política. Marx aumentou seus contatos com os militantes operários, uniu-se a Engels e fundou a Sociedade dos Operários Alemães de Bruxelas. Juntos, criaram uma verdadeira rede de correspondência comunista nos anos que se seguiram e escreveram “O Manifesto do Partido Comunista”.

Com sua intensa atividade política, Marx foi expulso da Bélgica, se mudou para a Alemanha, reabriu o Gazeta Renana e continuou publicando seus artigos defendendo os direitos e o poder dos trabalhadores, o que ocasionou sua expulsão da Alemanha e logo depois da França. Se refugiando em Londres, onde viveu dias de penúria, publicou “Lutas de Classe na França” e “O Capital” (sua obra-prima). Por sua relevante luta em prol dos trabalhadores, foi convidado a presidir a Associação Geral dos Operários Alemães para a qual redigiu os estatutos e o discurso inaugural.

Participou de outras muitas associações trabalhistas e da fundação de muitos partidos operários e, junto com Engels, escreveu ainda outros tratados. Vencido pela doença e pela perda de sua esposa e filha, veio a falecer em 14 de março de 1883.

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seriepersonalidades.blogspot.com


pág: 8
COLUNA MARINA CLEMENTE
Psicóloga e poeta - marina@betimcultural.com.br - entreclimas.blogspot.com
EXTROVERTIDOS E INTROVERTIDOS

Em época de eleições no país, podemos perceber, de maneira mais clarividente, que tanto os abusos quanto as realizações parecem ter defensores ocultos. Nunca sabemos, ao certo, quem são nossos adversários ou quem são nossos amigos. A prova disso está na dificuldade das pessoas de se desenraizarem. Os medos apresentam-se exacerbados. Vê-se medo do novo, das mudanças, das vivências de mal-estar em suas casas, no trabalho ou no âmbito social em que estão inseridas. As pessoas temem se manifestar em ações e pensamentos, como se corressem o risco de se desviarem do caminho supostamente imaginado como o mais seguro ou o mais próximo de uma vida feliz. Tudo está tão acima do nosso poder que já se faz tão mísero que não podemos deixar de manifestar nossas opiniões sobre o quê e como seria um país melhor. Mas as pessoas acabam por pensar que ao dizer tudo desencadeará em perdas e conflitos. Parece que há uma grande parcela da população que não consegue pensar formas para nos livrar dos golpes de maneira que também não se revelem abusivas. O imaginário social parece ter criado em seus conceitos que um golpe se desfaz com outro. Mas esperança sempre! A vida ainda pode ser a melhor amiga mesmo com todos os seus dramas. Sejamos nossos próprios termômetros, pois o outro (tudo aquilo que não é você) é quase sempre a margem que te barra ou te empurra. Sejamos o infinito de momentos. Sejamos breves na doce longevidade que pode ser o viver, mesmo tendo a certeza de que vivemos num mundo que valoriza o desequilíbrio. As atitudes extrovertidas geraram individualismos e massacraram o poder intuitivo e criativo. No entanto, resgatemos nossos valores introvertidos e sejamos cuidadosos.


pág: 9
RBC ENTREVISTA (Clique aqui)


pág: 10
OBSERVATÓRIO
Edie Shibumi - shibumi@betimcultural.com.br
DE VOLTA AO COMEÇO

Terminou o maior espetáculo de nossa pátria tupiniquim. Demos um show de democracia e mostramos às maiores potências mundiais o poder de nossa vontade! Elegemos, por meio direto, os representantes de nossos anseios. Pessoas que demonstraram durante as campanhas, todas as suas capacidades e uma enorme vontade de lutar pelo bem do povo brasileiro!

O parágrafo acima parece até parte do discurso de posse de um dos ilustres eleitos, e nem combina com o meu modo de escrever e ver as coisas, por isso, vamos voltar à velha forma e traduzir este trecho para a linguagem “Shibuminiana” (não era só Guimarães Rosa que criava palavras!).

O espetáculo, como sempre, foi um verdadeiro circo dos horrores (não faltaram os dossiês, denúncias de corrupção, vazamentos de dados, caixa dois, etc.).

O show foi maravilhoso! Com as maiores feras da propaganda e marketing dando o seu melhor para revelar todo o lado humano (e o poder divino!) de nossos candidatos.

Havia todo tipo de artistas (humorista, mulher-fruta, jogador de futebol, médico, advogado, dono de forró, sanfoneiro, entre outros.) e também alguns políticos (90%). Os artistas (grande parte) eram amadores, mas os profissionais não faltaram (Maluf, Sarney, Roriz, Marta, Collor, etc.).

Os eleitos são a nossa esperança de vermos nossos sonhos realizados, (depois que eles realizarem alguns dos seus!) têm capacidade teórica e prática (podem mudar rumo de rio e fazer chover no Nordeste), mas, acima de tudo isso, têm um enorme senso ético e um código moral muito rígido (somente levarão o que puderem carregar, eles e seus assessores!).

No resumo da ópera, estamos recomeçando novamente com esperanças renovadas e velhas expectativas de que esse país ande e o povo um dia seja feliz e recompensado, afinal, somos brasileiros! Não desistimos nunca! Nunca! Nunca!


pág: 11
TIAGO HENRIQUE
tiago@betimcultural.com.br - thvirtual.com
MEU SILÊNCIO FALA SIM

Diga-me
Que suspiras
Quando lê estas linhas

Diga-me
Que não pode me esquecer,
Fala...
O que eu não preciso ouvir

Escreva-me
Dizendo que amou,
Porque disso
Sabes que não preciso escrever.


NEBLINA

De manhã
Acordei pensando no meu dia,
À noite
Terminei pensando no amanhã

Crescemos
Sem notar isso
Quando se assusta
Você já é velho o bastante
E tudo depois disso
Pesa como neve.


pág: 12
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia Gomes - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
UM BIÊNIO DE CENTENÁRIOS

Estes anos de 2010 e 2011 são propícios para evocar lembranças em Betim. Neles, certos objetos de memória da cidade estão completando centenários e até tricentenários.
Em janeiro de 1910, a então Capela Nova do Betim ganhava seu primeiro Grupo Escolar. Pela primeira vez, esta localidade, então distrito da Santa Quitéria que hoje chamamos Esmeraldas, tinha uma escola com mais de uma sala de aula – na verdade, quatro salas! Diversas salas de aula mantidas pelo Estado em vários pontos da então imensa Capela Nova foram reunidas numa única escola central – o Grupo Escolar. Esta nova escola perdurou, ganhou o nome de “Conselheiro Afonso Pena” nos anos 20, e agora faz cem anos. Seu antigo prédio agora abriga o Museu de Betim.

Também em 1910, o ramo ferroviário que atravessa Betim entrou em atividade. Contam que a estrada de ferro só passou por Capela Nova porque um tradicional político da então Santa Quitéria não queria trens por lá – achava que neles viriam malfeitores e gente de conduta indefensável... Se vieram tais pessoas, não se sabe. Sabe-se que Capela Nova recebeu a estrada de ferro e, por ela, efetuou aprendizagens e trocas que ajudaram a torná-la esta pujante cidade que é hoje: cheia de contradições, como, de resto, é o mundo.

Em 1911, foi inaugurada a Estação Ferroviária de Capela Nova. Ela está escondidinha ali perto da união entre a Av. Governador Valadares e a Rua Dr. Gravatá, esperando ser revelada aos transeuntes em todo o seu potencial de lembrar e encantar.

Ainda em 2011, teremos um tricentenário! É que, em 1711, foi concedida ao bandeirante Joseph Rodrigues Betim, parente do famoso e temido Borba Gato, uma carta de sesmaria pela qual ele se tornava o proprietário de incontáveis terras, nas quais hoje está a cidade que lhe herdou o nome. Foi assim que começou a ocupação luso-afro-brasileira das plagas que hoje pisamos.


pág: 13
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com





















KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - crisartes2009.blogspot.com











pág: 14
LETRAS DE MÚSICA
ZAZU / O QUE ESTÁ NO AR

Suma... desse mundo de ilusões
Não consuma... a mentira dos patrões

Deixe... a verdade lhe mostrar
Sinta... o que está no ar

Você pode mais
Você quer mais
Nós podemos mais
Viver a paz

Não contente... com a verdade do sistema
Saia... das garras do problema

Ande... no caminho para o mar
Viva... a montanha e o luar

Você pode mais
Você quer mais
Nós podemos mais
Viver a paz

Tente... fazer o que quiser
Ame... todos que puder

Viva... a vida é uma só
Contribua... para um mundo melhor

Você pode mais
Você quer mais
Nós podemos mais
Viver a paz

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A banda Zazu é formada pelos músicos: Thiago Detoni (CaféZazu); Mario Jaymowich (FarinhaZazu) e Bruno Bastos (MagaZazu). O som pode ser definido como "Regionalismo Metropolitano", uma mistura de MPB e Word Music aliados à tradição e ao regionalismo. Contemplados na Lei de Incentivo à Cultura municipal da cidade de Betim, depois de passar por vários processos, a banda está gravando seu 1º cd.

www.myspace.com/bandazazu
bandazazu@yahoo.com.br

Para shows:
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