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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED24 - novembro de 2010

Revista para download: edição 24

















01    CAPA
02    CARDÁPIO
03    EDITORIAL E EXPEDIENTE
04    ESPAÇO ABERTO
05    CRONICANDO
06    COLÓQUIO
07    ESTADOS DO BRASIL
08    MARINA CLEMENTE
09    SÉRIE PERSONALIDADES
10    OBSERVATÓRIO
11    TIAGO HENRIQUE
12    MEMÓRIA DE BETIM
13    PONTO DE VISTA / KILL
14    LETRAS DE MÚSICA   
15/16    Publicidade na versão impressa


Pág: 2
CARDÁPIO
(Clique aqui para ler essa seção)


pág: 3
EDITORIAL
Flávia Soares - flavia@betimcultural.com.br

Nesse mês, a Revista Betim Cultural destaca a relação homem X universo e os problemas cotidianos relacionados à visão parcial do que seria a vida para nós. Em meio às emoções, gostos, cheiros e gestos o ser humano busca os diferentes saberes científicos e religiosos para explicar o ambiente em que vive, como também a explicação para o passado, o presente e um futuro incerto que, muitas vezes, nos parece melancólico e sem esperança. O resultado da nossa busca incessante por respostas é revelado na atual cultura (ou falta dela) desvalorizada por absurdos aceitáveis pela maior parte da população que, sem direção, se perde diante de inúmeros caminhos que não levam às sonhadas respostas, ao contrário, só fazem confundir o certo pelo errado.

É claro que desejamos viver com maior liberdade, descobrir os porquês da nossa existência, mas também é preciso valorizar o que já possuímos, as respostas que já temos, pois refletir, dialogar com nós mesmos, é experimentar a vida em sua essência e desta, tirar a lição maior que seria a plena convivência com os nossos semelhantes. Enfim, viver, porque assim como uma famosa escritora afirmou: “um belo dia, se morre!” Boa leitura!

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EXPEDIENTE
Ano 03 - nº 24 - distribuição gratuita. Versão impressa: 250 exemplares

Fundador e Editor: Tiago Henrique Rezende Fonseca
Revisão: Flávia Soares
Supervisão: Silvia Prata
Ilustração de capa: Cristiano de Oliveira
Projeto Gráfico: Lucas Diniz

COLABORADORES:
Ana Cláudia Gomes, Anderson Oliveira, Cristiano de Oliveira, Edie Shibumi, Fernando Aguilar, Flávia Soares, Lucas Diniz, Marina Clemente, Silvia Prata, Tiago Henrique.

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Envie sugestões, comentários e críticas para o nosso email: participe@betimcultural.com.br
Escritório: (31) 9805-5453 / contato@betimcultural.com.br


Pág: 4
ESPAÇO ABERTO
COLETÂNEA DE PENSAMENTOS
Gustavo Txai / gustavo_txai@yahoo.com.br

O sofrimento
O sofrimento nunca é uma coisa que vem de fora!
Ele sempre vem de dentro.
Portanto, nós e ninguém mais, escolhemos se iremos ou não cair em
Sofrimentos desesperadores.

A solução para todos os problemas
Às vezes, penso que resolver um problema
é mais fácil que criar um...
Basta não pensar no problema!
Temos que pensar na solução.

A vida e a Roda GIGANTE
A vida é uma Roda GIGANTE, ás vezes estamos em cima, às vezes em
Baixo.
Mas só tem como estar no ponto mais baixo uma vez, e é bem rápido,
Todo o resto do tempo estamos no alto.
Alto o bastante para olharmos para baixo e rir do que aconteceu.


+ ESPAÇO
Dica de blog sugerida pelo leitor Geraldo Ribeiro:
www.umavozdebetim.blogspot.com


pág: 5
CRONICANDO
A autora do texto veiculado na Cronicando desta edição solicitou os direitos autorais de sua contribuição. Por este motivo sua redação não está exposta na versão online da revista.


pág: 6
COLÓQUIO
Fernando Aguilar - fernando@betimcultural.com.br
REPRESENTAR: SERÁ O “ELIXIR DA LONGEVIDADE?”

Nada de excepcional, carreira típica de aventureiro do século XXI, com menos amores que Don Juan. No fundo, em decorrência de alguns incidentes, desfruta de certo crédito junto aos poderosos, a quem promete maravilhas alquímicas. Exceto que a seu redor, certamente estimulado por ele, vai tomando forma a balela de sua imortalidade. Decorrido um par de séculos, uma melancolia incurável se apossa dos infelizes imortais. O mundo é monótono, os homens não aprendem nada e degeneram a cada geração nos mesmos erros e horrores, os acontecimentos não se repetem, mas se assemelham...

As portas já não têm segredos para mim e não tenho mais esperanças nos meus semelhantes. Personagem curioso, diriam. É claro que me divirto em personificá-la. Cavaleiro maduro, um tanto flácido, com dinheiro para gastar, tempo livre para andar em viagens e uma propensão para o excêntrico. Já não sabia quem era, se a personagem ou eu mesmo.

Tinha vivido num universo cheio de absurdos, envoltos em grandes descobertas, e hoje, descobriram tudo? Os tempos são propícios para essa revalorização da cultura da hipocrisia após a falência das utopias do mundo moderno. Não me refiro aos costumeiros exploradores de consolações transcendentais ou aos espíritos melancólicos, mas às pessoas de profundo conhecimento e de grande sensatez intelectual que, no entanto, se entregam as extravagâncias e perdem o sentido do limite entre a verdade tradicional e o arquipélago das contingências. As pessoas com as quais me reunia estavam questionando sobre conjecturas pueris. Mas, como se costuma dizer, isso acontece nas melhores famílias. Assim, volto o olhar para o meu teatro de memórias. Ao voltar à realidade, alguém diz à personagem “Viu sua mão? Em vez da linha da vida, tem uma série de linhas interrompidas. Um fio d’água que encontra uma pedra e começa a correr de novo um metro mais à frente, a linha de alguém que deve morrer várias vezes” ou alguém que renascerá das cinzas, como a Fênix, de fel ácido, pontual e cáustico que disseca a verossimilhança pudica humana.  


pág: 7
ESTADOS DO BRASIL
Silvia Prata - silvia@betimcultural.com.br - www.pratasilvia.vilabol.com.br
PARANÁ / Capital: Curitiba

200.000 km² de extensão, 399 municípios, 98 km de litoral, 157 anos de história e 10.686.247 paranaenses. O estado não conta nos dedos. Em um momento de inspiração maior, a natureza modelou meticulosamente o Paraná. Presenteou o litoral com lindas praias e baías, organizando os três planaltos, esculpiu Vila Velha e criou as Cataratas do Iguaçu.

O Paraná se destaca, principalmente, no âmbito cultural com inúmeros museus que transportam o visitante ao passado, grandes teatros e bibliotecas que exibem a diversidade da literatura. Praças, parques e jardins que exibem o verde invejável e fazem do Paraná um dos estados mais bem arborizados do Brasil. Renomadas faculdades e universidades. Festivais que expõem ao mundo a música, a dança, a encenação, o cinema e o folclore do estado.

É a província mais nova do Império do Brasil, criada em 1853. Sua capital, a mais fria do país, tem 50 m² de área verde por habitante, superando o ideal determinado pela ONU. Prova disso é que a bandeira do estado carrega o símbolo das Araucárias que se espalham pelo território. O nome “Paraná” é derivado do tupi (para = "mar" e nã = "semelhante”) e significa, portanto, "semelhante ao mar”.

Sendo o quinto estado mais rico do Brasil, impressiona pelos altos valores de PIB e IDH. Em Foz do Iguaçu, encontra-se a maior usina hidrelétrica do mundo gerando 1/4 da eletricidade consumida no país. Além da Usina de Itaipu, o município atrai pelas Cataratas do Iguaçu, ponto turístico que faz da cidade a segunda mais visitada do Brasil e que foi finalista do concurso que elegeu as sete maravilhas da natureza. A ferrovia Curitiba-Paranaguá tem 110 km, cruza túneis, pontes e viadutos e é conhecida pela vista da Garganta do Inferno, a passagem pelo Viaduto do Carvalho e a chegada às cidades históricas.

Perca as contas. Descubra o Paraná.


pág: 8
COLUNA MARINA CLEMENTE
Psicóloga e poeta - marina@betimcultural.com.br - www.entreclimas.blogspot.com
VERSOS QUE NOS LEVAM DEVAGAR...

Notórios são os ensinamentos retirados das condições as quais os seres humanos experimentam. Ora vê-se amor. Ora vê-se guerra. Ora vêem-se alegrias e construções. Ora tristezas e desconstruções. Na medida em que pensamos nas vivências do homem, lembramos de seus afetos e de seus afetamentos, ou seja, lembramos dos “climas” que nos cercam e nos fundam, e das “estações” internas. Àquilo referente à alma, ao espírito, a mente e ao corpo. Somos isso: Um encontro climático. E é exatamente esse encontro entre o clima externo que nos cerca o clima interno... Que nos faz caminhar. Dentre um das possibilidades de encontro entre o clima interno e o externo, trago-lhes a poesia! Uma tentativa de repensar a lacuna existente entre um ser humano e outro, entre o homem e o social, entre aquilo que pesa e pondera, entre a saúde e o adoecimento, entre dor e projeto de vida. Entre leveza e caos... Aos que sonham dormindo e acordam desatinados e aos que dormem sonhando e acordam atirados e ávidos em experimentar todos os “climas” e “sabores” da existência... Indo do doce ao salgado: Poesia! Uma linguagem que nos permite repousar os braços sobre outros braços. Que nos convida a sentir que há uma parte dentro de nós que é livre de dores e que quer permanecer. Lembre-se de seus dias de outrora: amores, medos, gostos, cheiros, gestos, encontros, desencontros... Tudo aquilo que já fez você sorri, chorar, cantar, olhar e crescer. Isso é poesia!


pág: 9
SÉRIE PERSONALIDADES
FERNANDO PESSOA - por Edie Shibumi

Fernando Antônio Nogueira Pessoa nasceu em 1888, em Lisboa, e morreu em 1935. Entrou na universidade pouco depois dos 17 anos, mas deixou-a logo, preferindo se tornar um autodidata. Assim, fez da Biblioteca Nacional de Lisboa seu local de estudos. Leu todos os clássicos da filosofia, história, sociologia e da literatura existentes ali, complementando a educação que recebera na infância.

Sua criação literária foi intensa já nesse período de estudos sendo que sua iniciação no mundo das letras se deu na língua inglesa. Já por volta de 1910, começa a escrever também em português e seus primeiros poemas são publicados em 1914.

Viveu o poeta com parentes e outros em quartos alugados, mas era uma pessoa solitária que ganhava a vida, muitas vezes, fazendo uso de seus conhecimentos sobre as línguas estrangeiras. Sua vida social limitada, não impediu sua ativa participação no movimento modernista português, sendo ele inventor de vários destes.

Apesar de se manter afastado das luzes, Fernando Pessoa exercia sua influência através da escrita das tertúlias Era muito respeitado em Lisboa como poeta e intelectual e seus trabalhos foram amplamente publicados nas revistas existentes, muitas delas fundadas com sua participação.

Seu reconhecimento pleno só veio após a morte, porém, Pessoa sabia do seu valor e vivia puramente em função de sua obra, já que não tinha urgência em publicá-las, mas mantinha tudo organizado para a edição completa desta em Português e Inglês, por isso, guardou quase tudo o que escreveu.

Os Familiares de Fernando Pessoa descreviam o autor como um homem afetuoso, mas extremamente reservado. Nenhum deles fazia idéia do tamanho da produção literária desse gênio da escrita que acumulava durante vários anos todo um material riquíssimo que hoje constitui seu espólio. São aproximadamente 25 mil laudas com poesia, prosa, peça de teatro, filosofia, crítica, traduções, teorias lingüísticas, etc.

Fernando Pessoa, em resumo, (se é possível resumir um gênio) foi um escritor compulsivo pela diversidade de gêneros textuais e temas abordados, parecia se divertir ao divagar sobre o papel elaborando suas teorias e conjecturas, compartilhando com a humanidade, de maneira pródiga e despretensiosa, sua genialidade.

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www.seriepersonalidades.blogspot.com

pág: 10
OBSERVATÓRIO
Por Anderson Oliveira (andersonoliveira21@hotmail.com)
PRECONCEITO DISFARÇADO

A obra literária “O mulato”, do autor Aluisio Azevedo, se inscreve no período realismo/naturalismo retratando uma sociedade que julgava o ser humano pela cor de sua pele. Raimundo, o protagonista da obra de Azevedo, apesar de seu intelectualismo, é vítima do preconceito disfarçado pelo fato de ser mulato. O livro causou muita polêmica naquela época, porque falava a verdade nua e crua, tocando em pessoas intocáveis, no caso, a igreja Católica.

Mais de cem anos se passaram desde que “O mulato” foi escrito e será que alguma coisa mudou? Percebo que poucas coisas mudaram e muitos ainda olham para o negro como um ser inferior. Negro no Brasil é sinônimo de: pobre, favelado, analfabeto e malandro. E aquele velho discurso: “somos um país miscigenado e somos todos irmãos”. Se somos irmãos, então o negro é o filho bastardo que ninguém conhece e o branco é o filhinho de papai cheio de mimos. Não tenho aversão aos brancos, mas tenho raiva de certas pessoas que acham que são melhores só porque sua tez é clara. E os olhares na rua, e os olhares nas lojas, olhares e olhares cheios de preconceito, na rua a senhora segura com firmeza sua bolsa com medo do negrinho, na loja uns olham e pensam: - Esse aí não tem dinheiro, para que perder tempo com ele? É hora de você, negrinho, confiar mais em si. Use seu potencial e mostre para esse Brasil que você pode e é capaz.


pág: 11
TIAGO HENRIQUE
tiago@betimcultural.com.br - www.tiagohenrique.blogspot.com
LIBERDADE INVERSA

Parâmetros
Regras
Certeza
Certinho
Correto
Regras
Parâmetros

A sociedade afogada em suas próprias regras

O absurdo
O caos
A linha
O laço

A sociedade desprendida da liberdade
Se aprisiona mais do que qualquer outra coisa

Liberdade escassa
Presa por um bocado de significados.


pág: 12
MEMÓRIA DE BETIM
Ana Claudia - Mestre em História (UFMG) - anaclaudia@betimcultural.com.br
O HISTORIÓGROFO DE BETIM

Betim começou a se preocupar com sua memória no início dos anos 70, década em que os efeitos modernizantes de uma economia em ascensão começavam a mudar a face da cidade. Não por acaso, o mais tradicional ícone da memória local, a “igreja velha”, foi demolido em 1969, tornando-se, desde então, o epicentro de um turbilhão de memórias.
Destaca-se no então nascente movimento de memória social da cidade a escrita do livro “Origens da nova força de Minas”, de Geraldo Fonseca, publicado em 1975. Geraldo Fonseca, historiador profissional de formação claramente positivista, foi contratado pela Prefeitura Municipal, na gestão do Prefeito Newton Amaral, o Bio, para escrever uma história de Betim. Obviamente, havia expectativas do grupo político então no poder de que o historiador desse ênfase aos seus feitos e às suas versões sobre os fatos. Como Geraldo Fonseca não resistiu a essas pressões, sua obra ficou um tanto estigmatizada como tendenciosa.

Entretanto, justiça seja feita, quase meio século depois, a obra de Geraldo Fonseca continua insuperada em Betim. O historiador passou um verdadeiro pente-fino nos arquivos documentais mineiros e produziu uma síntese monumental, com um fôlego que nenhum outro memorialista local ousou ensaiar depois dele. Aos demais, tem cabido atualizar dados, esclarecer pontos obscuros, apresentar interpretações alternativas, estudar temáticas específicas, mas nenhum pode prescindir do livro de Geraldo Fonseca, se quiser dar cunho histórico ou historiográfico ao seu trabalho.

“Origens da nova força de Minas” tem capítulos inteiros ainda inexplorados pelos novos historiadores de Betim. Fonseca fez, por exemplo, um estudo primoroso da economia colonial betinense, no qual são visíveis as articulações desta esquecida sesmaria com a pujante economia do ouro.

A obra de Geraldo Fonseca está esgotada e constitui uma relíquia hoje na cidade. Merece uma reedição revista e atualizada, para que a multiplicada população betinense possa contar com uma fonte segura sobre sua trajetória secular. Todos os historiadores e memorialistas estão sujeitos às pressões políticas e sociais de seu tempo. Mas poucos serão, como Geraldo Fonseca, imortais. A imortalidade de um escriba do tempo está em inspirar o futuro.


pág: 13
PONTO DE VISTA
Lucas Fernando Diniz - lucas@betimcultural.com.br - www.lfdiniz.com


KILL / CRISTIANO DE OLIVEIRA
cristiano@betimcultural.com.br - http://crisartes2009.blogspot.com








pág: 14
LETRAS DE MÚSICA
MERUS / A DANÇA DO UNIVERSO
Composição: Ramon d'lacerda

Todos os dias que eu olho no espelho
Minha cara amarela e meus olhos estão vermelhos
Todos os dias que tento encontrar uma
Saída a não ser só o bar

A vida que me leva
E eu não quero te perder
A vida que me leva
E eu não vivo sem você

Dos discos voadores que tanto ouvi falar
Não vi aparição não, não tem explicação

A dança do universo que tanto me fascina
Mas não sei pra onde vai, pra onde vai a minha vida

E os jardins que todos vão pra lá
sem ter explicação não, não tem nenhum porquê

Os livros que nos contam as velhas histórias
de um mundo ultrapassado... Ultrapassado de glórias.

__
A banda “Merus” está na estrada há mais de cinco anos com o intuito de apresentar músicas autorais e letras com conteúdo sobre política, cotidiano e situações pessoais. Seu gênero principal é o hardocore progressivo, uma mistura do hardocore com rock melódico e inovações de arranjos com uma formação simples, porém diferente.

Integrantes: Wellington (Marega) - Vocais, Rafael (Vakinha) - Guitarra e vocais, Bruno - Baixo, Wilker - Bateria

Site:         www.palcomp3.com.br/merus
Contato:   (31) - 8842-5228 (Wellington)
                maregiw@gmail.com
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