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DIÁRIO RBC / RBC SEMANAL

ED19 - Maio de 2010

RBC ENTREVISTA VANDER LEE (página 15)




















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pág: 2
EDITORIAL
Por: Flávia Soares (flavia@betimcultural.com.br)

Como se calar diante dos males que nos rodeiam, promovem a revolta, o medo e a falta de esperança? A edição 19 da Revista Betim Cultural tenta responder a esta pergunta relembrando os sonhos e a fantasia para expor assuntos sérios de maneira inteligente e descontraída. Assim, deixa ao leitor a possibilidade de pensar sobre o papel do homem na sociedade e sobre parte da ideologia que o cerca e o considera louco ao tentar desvencilhar-se dela. Pensando bem, deixá-la de lado é praticamente impossível, porém, não aceitá-la simplesmente como é e sem discuti-la é questão de cidadania. Diante disso, desejamos aos leitores que tenham um ótimo momento de reflexão, pois é a partir dele que se constrói a tão sonhada liberdade.
   
ESPAÇO ABERTO................................04
CRONICANDO...................................05
CRISTIANO DE OLIVEIRA: KILL .................06
TIAGO HENRIQUE...............................07
ESTADOS DO BRASIL............................08
SÉRIE PERSONALIDADES.........................09
COLÓQUIO.....................................10
AMBIENTAL....................................11
OBSERVATÓRIO.................................12
COLUNA MARINA CLEMENTE.......................13
LETRAS DE MÚSICA Com entrevista...........14/15

Na internet - www.betimcultural.com.br
ESCRITÓRIO: (31) 9805-5453

Fundador/Editor/Colunista: Tiago Henrique Rezende Fonseca.
Ilustração (Capa e Tirinhas): Cristiano de Oliveira.
Colunista (Colóquio): Fernando Pereira Aguilar.
Colunista (Cronicando): Thiago Paiva Moreira.
Colunista (Ambiental): Elizangela dos Santos Pedro de Souza.
Colunista (Observatório): Edvaldo Camargo dos Santos.
Colunista (Marina Clemente): Marina Clemente de Oliveira.
Revisão e editorial: Flávia Soares da Silva.


Pág: 4
ESPAÇO ABERTO
>>> ME AME O QUANTO TE AMO
Gil Ferrys (gilferrys@yahoo.com.br)

Que me importa o perfume das rosas
Se o que tenho são essências odorosas
Que exalam de ti como um bom vento?

Que me interessa toda beleza da floresta
Se o que tenho são teus olhos em festa
Lançando confetes em meus pensamentos?

Que me importam os campos em lírios
Ou as acácias renovadas e em flor
Se já sou possuidor do teu amor
E apenas disso necessito?

Se em teus braços repouso sereno
Ali encontro refúgio e pousada
Onde vejo o universo pequeno
Se não te trago em minha morada.

Ó, mulher querida e amada,
Meu travesseiro e almofada
Portal que me eleva ao paraíso!...

Em teus olhos ponho duas esmeraldas
Polvilhando de luz e ouro teus cabelos!
Um rubi afegão ponho nos teus dedos!
No vestido sóis com luas amalgamadas!

Singremos os mais densos oceanos.
Voemos pelas vertentes em tulipas
Roçando as lagoas argentinas
Em vôos rasantes e ciganos!

Beije-me e me beije novamente.
Prova-me que não me engano.
Diga-me que o mesmo sente.
Que me ama o quanto te amo.

____________
Envie opiniões, comentários, sugestões, enfim; envie textos de sua autoria para a Betim Cultural. Eles poderão ser selecionados e publicados no ESPAÇO ABERTO ou na seção LETRAS DE MÚSICA desta revista. contato@betimcultural.com.br


pág: 5
CRONICANDO
Com Thiago Paiva (paiva@betimcultural.com.br)
NÃO QUERO TER FILHOS

Pra que correr atrás de tantas coisas que vão ficar aqui quando eu me for. Se a morte é a única certeza da vida, pra que planejar? Se o fim está próximo de todos, como somos tão ingênuos em pensar que nos resta salvação? A vida adora dar tapa na cara da gente pra nos mostrar que por mais que a humanidade pareça estar avançando só estamos nos tornando cada vez mais selvagens, egoístas e construindo um mundo em que nossos filhos terão cada vez mais chances de matar uns aos outros desprezando sua própria espécie.

Estamos tão acostumados à maldade que hoje em dia quando alguém faz algo bom é comparado a um herói. Peraê! Ele não fez nada mais que o certo, só que hoje fazer a coisa certa é o mais difícil, parece até ser errado. Eu queria tanto acreditar nas pessoas, acreditar que existe um mundo em que, assim como nos comercias de margarina, as pessoas tomam café numa mesa repleta de delícias sorrindo com a família e um gramado verde ao fundo! Eu queria acreditar na poesia que diz pra sair à noite e ver a cidade, que cidade? Sair de casa hoje é tão perigoso! Já parô pra pensar nisso? Que desgraça! Que merda, que humanidade de bosta nos tornamos...

Ontem acordei, tomei banho e fui me arrumar para trabalhar. Enquanto calçava o sapato, liguei a TV que noticiava com imagens um assunto: o homem entra na loja, rouba o estabelecimento, rouba os clientes e quando está saindo volta e dá um tiro na testa da mulher do caixa. Eu chorei na mesma hora, instantaneamente, mesmo sem conhecer aquela mulher, ela poderia ser minha mãe, então fiquei pensando quando vai ser minha vez, a vez da minha irmã, do meu amigo... Por que? Pelo amor de Deus, por que? Por que chegamos nesse ponto, será que em nenhum momento olhamos pra dentro de cada um de nós e enxergamos algo bom?  Me ajude por favor...

Antigamente eu tinha esperança, mas aos poucos o medo e a revolta foram consumindo o que eu tinha de bom, hoje, faço da minha existência um protesto, pois quem tem a ousadia de sonhar nesse mundo acredita que a semente pode brotar no asfalto, já que vivemos num mundo horrível no qual não podemos culpar ninguém além de nós. Não quero ter filhos, não suportaria a vergonha de ver o rosto deles olhando pra mim e me perguntando por que não fiz nada para que as coisas  não fossem assim tão ruins e o mundo um lugar melhor?


pág: 6
CRISTIANO DE OLIVEIRA: KILL
crisartes2006@hotmail.com
http://crisartes2009.nafoto.net
http://crisartes2009.blogspot.com





 




pág: 7
TIAGO HENRIQUE
(http://tiagohenrique.blogspot.com)
DUALIDADE

Meu sorriso mascado
Invertendo a ordem dos acontecimentos
Num olhar penetrante
Perdido em meio às pernas cruzadas

Levanto-me com o copo na mão
Peço uma champagne
E brindo à audácia
Do que meus olhos vêem

Me compenetro
Numa lógica errônea
Quem diria
Que isso são apenas versos?

Mesmo quando minto
Tenho que carregar
A chance
De uma interpretação
Verdadeiramente incorreta.


pág: 8
ESTADOS DO BRASIL
(http://brasilestados.blogspot.com)
MATO GROSSO – Capital: Cuiabá

Pelo Tratado de Tordesilhas (de 7 de junho de 1494) o território do atual estado do Mato Grosso pertencia à Espanha. Os jesuítas, a serviço dos espanhóis, criaram os primeiros núcleos dos quais foram expulsos pelos bandeirantes paulistas em 1680. Em 1718, a descoberta do ouro acelerou o povoamento. Em 1748, para garantir a nova fronteira, Portugal criou a Capitania de Mato Grosso e lá construiu um eficiente sistema de defesa.

Durante as bandeiras, uma expedição chegou ao Rio Coxipó em busca dos índios Coxiponés e logo descobriram ouro nas margens do rio, alterando assim o objetivo da expedição. Em 1719 foi fundado o Arraial da Forquilha, às margens do rio Coxiponés formando o primeiro grupo de população organizado na região (atual cidade de Cuiabá).

A região de Mato Grosso era subordinada a Rodrigo César de Menezes para intensificar a fiscalização da exploração do ouro e a renda direcionada a Portugal. O governador da Capitania muda-se para o Arraial e logo a eleva a nível de Vila chamando de Vila Real do Bom Jesus de Cuyabá. Com os tratados de Madri (1750) e Santo Ildefonso (1777), Espanha e Portugal estabeleceram as novas fronteiras. A produção de ouro começou a cair no início do século XIX. Em 1892, durante a derrubada do governo de Manuel Murtinho, houve, por parte dos revoltosos, uma intenção de separação de Mato Grosso da República dos Estados Unidos do Brasil, criando-se, para tanto, o Estado Livre da República Transatlântica - o que não encontrou apoio.

Em 1917, a situação se agravou provocando intervenção federal. Com a chegada dos seringueiros, pecuaristas e exploradores de erva-mate na primeira metade do século XIX, o estado retomou o desenvolvimento. Em 1977, a parte sul do estado foi, legalmente, desmembrada, formando assim um novo estado, o Mato Grosso do Sul - o que na prática só se daria em 1979.


pág: 9
SÉRIE PERSONALIDADES
(http://seriepersonalidades.blogspot.com)

QUEM FOI ERNESTO CHE GUEVARA:
Foi um dos mais famosos revolucionários comunistas da história e considerado pela revista norte-americana Time Magazine umas das cem personalidades mais importantes do século XX. Ernesto Guevara de la Serna, nasceu em uma família aristocrática de Rosário, importante cidade industrial da Argentina ao noroeste de Buenos Aires. Ernesto tinha dois anos quando sofreu o primeiro ataque de asma. Estudou grande parte do ensino fundamental com sua mãe em casa, onde havia uma biblioteca com cerca de três mil volumes com obras de Marx, Engels e Lenin com os quais se familiarizou em sua adolescência lendo-os frequentemente. Sabe-se que leu Júlio Verne, Alexandre Dumas, Baudelaire, Neruda e Freud aos 15 anos.

FRASES DE CHE:
- Se você é capaz de tremer de indignação a cada vez que se comete uma injustiça no mundo, então somos companheiros.
- Os poderosos podem matar uma, duas ou três rosas, mas jamais conseguirão deter a primavera inteira.
- Sonhe e serás livre de espírito... lute e serás livre na vida.
- Derrota após derrota até a vitória final.
- Lutam melhor os que têm belos sonhos.
- É preciso ser duro, mas sem perder a ternura, jamais...
- Não quero nunca renunciar à liberdade deliciosa de me enganar.
- O conhecimento nos faz responsáveis.


pág: 10
COLÓQUIO
Por Fernando Aguilar (fernando@betimcultural.com.br)
LOUCURA: UM ESTÁGIO AVANÇADO DA REALIDADE?
Parte 1

Não se trata de intentar reeditar o livro “Elogio da Loucura” de Erasmo de Rotterdam (1466 - 1536), que na atualidade não seria mais que um lugar comum bastante descabido.

Chamamos “loucura” a essa doença do cérebro que impede um homem de pensar e de agir como os outros. Não podendo gerenciar seus bens, é impedido; não podendo ter idéias de acordo com a sociedade, é excluído; se for nocivo, é enclausurado; se for furioso, trancafiado.  É importante observar que esse homem, entretanto, não necessita de idéias; ele as tem como todos os outros enquanto acordado e, freqüentemente, enquanto dorme. Pode-se perguntar como sua alma espiritual, imortal, alojada em seu cérebro, recebendo todas as idéias por meio dos sentidos coordenados e divididos, não possa discernir um julgamento são. Ela vê os objetos como os viam a alma de Aristóteles e de Platão, de Locke e de Newton; ouve os mesmos sons, tem o mesmo sentido do tato: por que motivo, pois, recebendo percepções que os mais sábios experimentam, e experimentaram, compõe um conjunto inevitavelmente excêntrico?

Se essa substância simples e eterna possui para as suas ações os mesmos instrumentos das almas dos cérebros mais notáveis, deve raciocinar como eles. Que o impediria? Claro que se um maluco vê vermelho e os intelectuais azul; se quando os sábios ouvem uma música, o louco ouve o zurrar de um burro; se quando eles estão em oração, o louco julga estar numa comédia; se quando eles ouvem sim, ele entende não, então sua alma deve pensar ao contrário das outras. Mas o louco tem as mesmas percepções que eles; não há nenhuma razão aparente pela qual sua alma, tendo recebido mediante os sentidos todos os seus utensílios, não os possa usar. Ela é pura, dizemos; não está sujeita por si própria a nenhuma enfermidade; é provida de todos os recursos necessários; passe o que se passar em seu corpo, nada poderá mudar a sua essência, contudo, encerra-se num hospício.

Continua...


pág: 11
AMBIENTAL
Por Elizangela Santos (elizangela@betimcultural.com.br)
SLOW MOVEMENT

Quem pensa que 24 horas são insuficientes para conciliar trabalho, lazer e família precisa urgentemente rever seus conceitos. Pelos idos do século XVIII, o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) dizia que viver é correr contra o tempo. Por anos essa teoria mostrou-se não apenas válida como também necessária. Hoje, porém, os tempos mudaram... desacelerar é preciso.

Atualmente, na corrida contra o tempo, um movimento surgido nos Estados Unidos começa a chamar nossa atenção. Tal movimento valoriza a necessidade de abrirmos mão de hábitos estressantes para conquistarmos uma vida mais equilibrada e consciente. È conhecido como Slow Movement, “movimento lento”. Essa é uma tendência que propõe uma grande revisão e revolução dos valores da vida contemporânea, hipermodernizada.

O movimento tem o mote de o ser humano precisar de atenção e calma para realizar com êxito suas tarefas e necessitar de atenção e aprofundamento nas relações sociais. Longe de ser uma escusa para procrastinar a realização de nossos que fazeres, tal prática pode significar produzir mais e melhor.
Desacelerar não é fácil, porém, para quem quer tentar deve lembrar-se de que, eleger prioridades na vida profissional e pessoal é o primeiro passo.

Parece, com isso, que o movimento “Slow” é uma fonte de prazer útil para nos afastarmos de uma vida estandardizada regida pelo ponteiro do nosso relógio de pulso, submetida por uma velocidade que erradica a nossa capacidade para desfrutar do momento esperado quando, este, finalmente se assoma.
E então? Vale tentar?


pág: 12
OBSERVATÓRIO
Com Edie Shibumi (shibumi@betimcultural.com.br)
PEQUENO CONTO DE FADAS DA POLÍTICA BRASILEIRA

Era uma vez em um reino muito..... muito distante um rei ao qual faltava um dedo e um herdeiro. Este rei, vendo seu tempo chegar ao fim, pensava em colocar no trono sua ministra mais dedicada.

A ministra era lady Dilma, uma camponesa que não tinha o traquejo e nem a presença política do rei, mas que tinha sido sempre uma fiel escudeira de sua majestade. Havia no reino outros candidatos à coroa, mas o rival mais próximo da futura soberana era Joseph Serrote, o governador do condado de Saint’Paul e ex-bobo da corte do antigo imperador Fernandos Henriques Únicos, o aclamado rei “Honoris Causa”.

Este governador tinha esperanças de ganhar o trono, mas para isso dependia do apoio dos chefes das outras províncias. Entre eles se encontrava o conde de Snows, descendente de um antigo rei que foi coroado, mas que não subiu ao trono (intrigas palacianas? Não se sabe!) que também almejava a coroa.

Conde Aécios de Snows queria ser rei para poder honrar a tradição familiar (e o ego também!!!) e, para isso, agia com táticas maquiavélicas e modos tipicamente mineiros (comendo quieto e pelas beiradas), cozinhava o governador Serrote em fogo brando, prometendo seu apoio, mas nunca o dando de fato (aguardava que forças ocultas agissem em seu beneficio?).

Dessa história (nada infantil) não sabemos o fim, pois o mago da cidade Esmeralda ainda não se pronunciou. Sabemos que a Ministra gostaria de ganhar um beijo (quem sabe um príncipe) que a tornasse mais bela e carismática, o Governador Serrote a coragem de um leão e um pouco de articulação, já o Conde de Snows pensa em pedir ajuda para decorar o palácio, pois crê possuir todos os predicados para habitá-lo e quer aparecer na “Caras Castelos”.


pág: 13
COLUNA MARINA CLEMENTE
Psicóloga e poeta (marina@betimcultural.com.br)
www.entreclimas.blogspot.com

CALAR ADOECE!

Aqueles que assim como eu acreditam que é sempre importante falar, vamos botar a “boca no trombone”! Calar adoece e o nosso corpo é quem paga!  Fico me perguntando o porquê de ser o corpo -  uma existência unívoca - fonte de tantos interesses para os seres humanos na contemporaneidade? Percebo uma elucidação dos embates do sujeito com seu corpo a todo momento. Basta ligarmos a televisão que assistimos a disputa do corpo mais “sarado” e ao abrir uma revista lemos promessas de receitas milagrosas para mantermos a forma. Transitando pelos postos de atendimentos à saúde, nos defrontamos com um legado de pessoas cheias de doenças e dores que, muitas vezes, são formas de manifestações de preocupações e angústias no corpo físico. Pois bem, cabe primeiramente ressaltar que me ocupo aqui do conceito de corpo situando-o para além do aparato biológico. Ou seja, aproprio-me também das dimensões psíquicas e sociais que nos circundam a todo momento. E é neste sentido que convido vocês a pensarem: Por que o corpo é um grande alvo de satisfação nos dias atuais? Se pensarmos com cuidado, inicialmente constataremos que o corpo é, aparentemente, silencioso, mas quando a fala impõe-se sobre ele vemos de imediato estranhezas se manifestando. Ou seja, estamos nos tornando seres que usam o próprio corpo para “falar” uma vez que as palavras deveriam estar sendo pronunciadas pelas nossas bocas. Isso é um perigo, porque estamos constatando que as pessoas andam cheias de medos, angústias e receios de se expressarem e sequer sabem disso. Nunca sabemos o que e a quem dizer o que pensamos. E, dessa maneira, vamos adoecendo sem percebermos. Destarte, a palavra não dita, de alguma maneira, maldiz no corpo. Então, vamos nos expressar?!


pág: 14
LETRAS DE MÚSICA
Românticos - Vander Lee / Composição: Vander Lee

Românticos são poucos
Românticos são loucos
Desvairados
Que querem ser o outro
Que pensam que o outro
É o paraíso...

Românticos são lindos
Românticos são limpos
E pirados
Que choram com baladas
Que amam sem vergonha
E sem juízo...

São tipos populares
Que vivem pelos bares
E mesmo certos
Vão pedir perdão
Que passam a noite em claro
Conhecem o gosto raro
De amar sem medo
De outra desilusão...

Romântico
É uma espécie em extinção!
Romântico
É uma espécie em extinção!

Românticos são loucos
Românticos são poucos
Como eu! Como eu!

_______
Cantor e compositor mineiro, Vander Lee é conhecido por sua linguagem única. O artista faz um retrato poético do cotidiano de forma atual e harmoniosa, por isso, é reconhecido como um dos cantores e compositores mais originais da MPB.


pág: 15
RBC ENTREVISTA VANDER LEE

1- Quando você soube que queria ser músico? (Quando tudo começou). 

Quando criança, meu pai tocava. Então percebi que queria isso também.

2- Fale sobre seu processo de composição. Qual a sua expectativa ao compor? O que você espera dos ouvintes? Como você gostaria de tocar as pessoas?

Meu processo é simples. Busco o belo dentro de um assunto que quero abordar, deixo as idéias fluírem naturalmente até perceber algo em que eu possa me agarrar pra seguir em frente. Difícil falar de algo tão abstrato.

3- Para você o que é sucesso? Como foi sua trajetória até a grande mídia, até o reconhecimento nacional e internacional?

O sucesso pra mim é poder trabalhar com  o que gosto, poder viver disso e ter uma vida pessoal equilibrada e saudável. A minha trajetória é longa e vocês podem conferi-la no meu site: www.vanderlee.com.br.

4- Qual é o seu sentimento em relação à cultura musical do brasileiro? Sabemos da arte de belas canções como as suas, com letras românticas, autênticas, reflexivas, originais. Mas também sabemos que a maior parte da população se atém a músicas superficiais e que em grande parte não representam um bom caráter. Como você enxerga tudo isso?

Acho que não podemos discriminar, tem que haver música pra todo mundo. Se determinado tipo de música faz sucesso é porque representa uma comunidade, uma cultura. Cultura é tudo, não apenas o que reconhecemos como tal. É importante que não julguemos, mas que aprendamos a escolher.

5- Aos músicos em início de carreira, artistas solos e bandas, qual o seu conselho para que estes consigam de fato viverem da música? 

“Comecem todos os dias”.

6- Para você qual a importância de um trabalho autoral?

É a forma de você passar pelo mundo e deixar expresso seu sentimento e sua verdade, contar sua historia.

7- Certamente você sonhou com o sucesso e trabalhou para tanto. Quando você percebeu que estava alcançando seus objetivos? Qual foi a sua reação? Como você lida com isso?

Eu não tenho tanta clareza sobre esse assunto, trabalho muito e não tenho tempo pra contar os louros, pra comemorar, me sinto sempre em movimento e sou feliz no caminho, não no objetivo alcançado.

8- Como você enxerga a MPB hoje?

Muito misturada, inspirada e direta. Acho que hoje a música está mais simples no conteúdo e complexa na forma. Espero que surja algo novo disso tudo.

9- Como é o Vander Lee artista e como é o Vander Lee em sua vida particular? Trace alguns paralelos de você sobre você mesmo.

Difícil e muito vago responder essa pergunta. Não sou bom pra falar de mim mesmo.

10- Qual pergunta você gostaria que lhe fosse feita? Pergunte-se e responda.

Respondo com a letra de “Onde Deus Possa Me Ouvir”.

11- Diga algo que gostaria de deixar registrado a toda a humanidade.

“Esqueçam-me, apenas ouçam minha música”





 

 














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pág: 16 (contracapa)
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